Pieces of a mind
sexta-feira, 2 de março de 2012
sábado, 18 de junho de 2011
Câmara (de Americana) perdoa dívidas e isenta clubes de impostos
Saiu no Liberal Online
http://www.liberal.com.br/noticia/C35A016E0D7-camara_perdoa_dividas_de_clubes
Câmara perdoa dívidas e isenta clubes de impostos
Em uma única sessão da Câmara, oito clubes recreativos de Americana receberam o perdão de dívidas com a Prefeitura e ao mesmo tempo, a isenção total de impostos municipais. O "pacote de bondades" foi aprovado em regime de urgência especial pelos vereadores da base aliada do prefeito Diego De Nadai (PSDB), que sequer sabiam o valor dos débitos dos clubes com o município.
Foram beneficiados pelo projeto de lei os clubes Iate Clube de Americana, Sociedade Recreativa Dançante Veteranos de Americana, Clube do Bosque, Flamengo Futebol Clube, Rio Branco Esporte Clube, Guarani Futebol Clube, Clube dos Cavaleiros de Americana e Liga Americanense de Futebol.
O projeto foi protocolado na Câmara às 12h15 de ontem e, às 14 horas, já estava nas bancadas dos vereadores para votação. Com a tentativa de disfarçar a concessão de um benefício descarado aos clubes, o projeto também contemplou a Legião da Boa Vontade e entidades religiosas inscritas no município.
O vereador Adelino Leal (PT) ainda questionou a base aliada sobre quais entidades religiosas seriam contempladas. O líder do governo, Luiz Antonio Crivelari (PP), simplesmente respondeu que são "todas elas".
Crivelari justificou que a equipe econômica da Prefeitura ainda faz o levantamento sobre o valor da dívida que atualmente é devida pelos clubes. Ele disse que foram sucessivos recursos e perdas de prazos, ao longo de vários anos de tramitação das dívidas, e que o valor "se perdeu" nos setores da administração. Apesar de não saber o montante do valor perdoado, ele garantiu que a Prefeitura tem condições de arcar com a renúncia de receitas.
Esta não é a primeira vez que o prefeito Diego propõe o perdão de dívidas dos clubes. Em 2009, ele tentou incluir essa proposta no projeto que instituiu o novo Código Tributário. Na ocasião, seis clubes seriam beneficiados com a remissão de um valor total de R$ 2,4 milhões. Após pressão da oposição, o prefeito retirou o projeto que agora foi reapresentado.
O líder da oposição, Celso Zoppi (PT), argumentou que, na época da eleição municipal, ouvia muitos eleitores reclamarem que, se Diego fosse eleito, beneficiaria os clubes. "Sabendo que o Diego ia beneficiar os clubes, a população votou nele. Então isso tem o aval da população", rebateu Crivelari.
"Os 'pobrezinhos' dos clubes tem que ser beneficiados e os otários que pagam os impostos em dia vão continuar sendo objeto de escárnio", argumentou Zoppi. "Eu queria saber quais são os acordos que estão por trás disso. Não posso compactuar com essa baixaria. Os senhores nem sabem o que estão votando. Não tem nada que justifique a remissão dessas dívidas". Crivelari defendeu a necessidade de dar sobrevida a esses clubes, que representam a história da cidade.
A vereadora Divina Bertalia (PDT) apresentou emenda que suprimia do projeto o artigo que tratava da isenção de IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) e ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) para os clubes contemplados no projeto. A emenda foi rejeitada com placar de quatro votos favoráveis, sete contrários e uma abstenção. O projeto será votado em segunda discussão na sessão da próxima semana, na quarta-feira.
Quem votou Sim
Capitão Crivelari - PP
Duzzi - PSDB
Leonora Postinho - PPS
Odair Dias - PV
Oswaldo Nogueira - DEM
Paulo Chocolate - PSC
Thiago Brochi - PSDB
Quem votou Não
Adelino Leal - PT
Celso Zoppi - PT
Divina Bertalia - PDT
Lurdinha Ginetti - PDT
Parabéns Americana por este ato de solidariedade...
http://www.liberal.com.br/noticia/C35A016E0D7-camara_perdoa_dividas_de_clubes
Câmara perdoa dívidas e isenta clubes de impostos
Em uma única sessão da Câmara, oito clubes recreativos de Americana receberam o perdão de dívidas com a Prefeitura e ao mesmo tempo, a isenção total de impostos municipais. O "pacote de bondades" foi aprovado em regime de urgência especial pelos vereadores da base aliada do prefeito Diego De Nadai (PSDB), que sequer sabiam o valor dos débitos dos clubes com o município.
Foram beneficiados pelo projeto de lei os clubes Iate Clube de Americana, Sociedade Recreativa Dançante Veteranos de Americana, Clube do Bosque, Flamengo Futebol Clube, Rio Branco Esporte Clube, Guarani Futebol Clube, Clube dos Cavaleiros de Americana e Liga Americanense de Futebol.
O projeto foi protocolado na Câmara às 12h15 de ontem e, às 14 horas, já estava nas bancadas dos vereadores para votação. Com a tentativa de disfarçar a concessão de um benefício descarado aos clubes, o projeto também contemplou a Legião da Boa Vontade e entidades religiosas inscritas no município.
O vereador Adelino Leal (PT) ainda questionou a base aliada sobre quais entidades religiosas seriam contempladas. O líder do governo, Luiz Antonio Crivelari (PP), simplesmente respondeu que são "todas elas".
Crivelari justificou que a equipe econômica da Prefeitura ainda faz o levantamento sobre o valor da dívida que atualmente é devida pelos clubes. Ele disse que foram sucessivos recursos e perdas de prazos, ao longo de vários anos de tramitação das dívidas, e que o valor "se perdeu" nos setores da administração. Apesar de não saber o montante do valor perdoado, ele garantiu que a Prefeitura tem condições de arcar com a renúncia de receitas.
Esta não é a primeira vez que o prefeito Diego propõe o perdão de dívidas dos clubes. Em 2009, ele tentou incluir essa proposta no projeto que instituiu o novo Código Tributário. Na ocasião, seis clubes seriam beneficiados com a remissão de um valor total de R$ 2,4 milhões. Após pressão da oposição, o prefeito retirou o projeto que agora foi reapresentado.
O líder da oposição, Celso Zoppi (PT), argumentou que, na época da eleição municipal, ouvia muitos eleitores reclamarem que, se Diego fosse eleito, beneficiaria os clubes. "Sabendo que o Diego ia beneficiar os clubes, a população votou nele. Então isso tem o aval da população", rebateu Crivelari.
"Os 'pobrezinhos' dos clubes tem que ser beneficiados e os otários que pagam os impostos em dia vão continuar sendo objeto de escárnio", argumentou Zoppi. "Eu queria saber quais são os acordos que estão por trás disso. Não posso compactuar com essa baixaria. Os senhores nem sabem o que estão votando. Não tem nada que justifique a remissão dessas dívidas". Crivelari defendeu a necessidade de dar sobrevida a esses clubes, que representam a história da cidade.
A vereadora Divina Bertalia (PDT) apresentou emenda que suprimia do projeto o artigo que tratava da isenção de IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) e ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) para os clubes contemplados no projeto. A emenda foi rejeitada com placar de quatro votos favoráveis, sete contrários e uma abstenção. O projeto será votado em segunda discussão na sessão da próxima semana, na quarta-feira.
Quem votou Sim
Capitão Crivelari - PP
Duzzi - PSDB
Leonora Postinho - PPS
Odair Dias - PV
Oswaldo Nogueira - DEM
Paulo Chocolate - PSC
Thiago Brochi - PSDB
Quem votou Não
Adelino Leal - PT
Celso Zoppi - PT
Divina Bertalia - PDT
Lurdinha Ginetti - PDT
Parabéns Americana por este ato de solidariedade...
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quinta-feira, 16 de junho de 2011
E Dilma realmente assume
Do grande jornalista, Mino Carta, Carta Capital
Dia 8, quarta-feira, leio os jornalões para saber o que pensam a respeito da queda de Antonio Palocci. Meu interesse brota das reações da mídia quando da nomeação de Palocci para a Casa Civil, apontado como articulador político ideal e traço de união entre governo, empresariado e mercado financeiro. De improviso, o prestígio de Palocci sofre alguns abalos com a revelação do seu extraordinário enriquecimento. Mesmo assim, há duas edições Veja ainda via nele o paladino da razão em meio à tresloucada equipe governista.
Resta averiguar a sentença da semanal da Abril depois do fato consumado, por enquanto constato que os jornalões definem posições diversas em relação aos efeitos da demissão. O Estadão, em editorial bem calibrado, enxerga o fortalecimento da presidenta Dilma. A Folha concorda, com menor clareza. O Globo, pelo contrário, proclama em manchete o enfraquecimento do governo. CartaCapital entende que os fados foram generosos com a presidenta ao inspirarem a denúncia da Folha. Com a queda de Palocci, ela afirma a sua autoridade e, como diz a capa desta edição, assume efetivamente a Presidência da República.
Permitam-me citar a mim mesmo. Em um artigo publicado na primeira semana de janeiro, logo após a posse, eu escrevia: “Sabe-se que a composição do governo sofreu, como era natural, a influência de Lula, mas nada impede que a atual formação venha a ser retocada pela mão independente de Dilma”. Logo aventava a hipótese de que Palocci pretendesse contrapor-se a Guido Mantega, e CartaCapital sabe que, nos bastidores, o chefe da Casa Civil se esmerava há tempo em tecer comentários desfavoráveis sobre a atuação do ministro da Fazenda, bem como do presidente do BNDES, Luciano Coutinho.
No artigo divisava ainda outros problemas no caminho da presidenta. Um deles, o chamado Caso Battisti. Outro, a organização do Mundial de 2014, entregue à máfia do futebol. A decisão final do STF em relação a Battisti não deve encerrar o caso. O protesto da Itália em peso não faltará, do Estado, do governo e da opinião pública, e é difícil prever as sequelas. Quanto à Copa, a questão está de pé e descerra riscos para Dilma e para o Brasil, e não aludo ao país das chuteiras, mas ao emergente que dilata prestígio mundo afora.
CartaCapital apoiou a candidatura Dilma para a Presidência desde o começo da campanha eleitoral do ano passado, e não se arrepende, mesmo porque percebeu nela as qualidades indispensáveis a um ótimo desempenho. O Caso Palocci a pôs em xeque e a repentina visita de Lula a Brasília, e as conversas do ex-presidente com as lideranças peemedebistas, a enfraqueceram. A presidenta soube, porém, como reagir e mostrar quem de fato manda, sem deixar de passar por cima do procurador-geral da República. Roberto Gurgel que, ao não abrir a investigação sobre o enriquecimento de Palocci, agiu na convicção de servir ao governo em busca de sua confirmação no cargo. Dilma decretou seu engano.
Ao se afirmar de forma tão peremptória, a presidenta define seu poder, com um grau de independência que até dia 7 de junho aguardava a prova. Outras pedras talvez surjam no seu caminho, mas, ao atuar como se deu nesses dias atribulados, ela terá amplas condições de evitá-las, ou de afastá-las. Por ora, ganha maior alento com a baixa dos índices inflacionários, a bem de todos nós.
Responsabilidade nenhuma lhe cabe pelo deplorável desfecho do Caso Battisti. Durante a campanha eleitoral, a mim, sem meias-palavras, a candidata disse que o ex-terrorista merecia a extradição. A decisão oposta de Lula, tomada nos derradeiros minutos do seu segundo mandato, não se oferece a uma análise fácil, assim como sua defesa in extremis de Antonio Palocci. A decisão definitiva do Supremo exibe a componente de delírio que figura entre as características sombrias do poder nativo, nutridas pela ignorância, pela arrogância, pela prepotência. Ah, sim, pelo provincianismo, a toldar a visão do mundo, até superficial. O STF cometeu uma ofensa ao Direito, à moral e à razão.
CartaCapital já dissertou longamente a respeito de Battisti, e para tanto, contrariamente aos juízes do Supremo, limitara-se a tomar conhecimento da ficha policial de um ladrãozinho da periferia romana, estuprador de uma inválida, preso e condenado quatro vezes antes de aderir a um pequeno grupo terrorista, pateticamente empenhado- em derrubar um Estado Democrático de Direito. Abalo-me a acreditar que Dilma Rousseff sabe de cor e salteado aquilo que a maioria dos ministros do STF pretende ignorar, ou seja, a diferença entre quem arriscou a vida para combater a ditadura e quem pegou em armas, e matou, entre outros, um açougueiro e um joalheiro, com o propósito de enterrar a democracia.
Lula desconsiderou a decisão inicial do STF, que lhe concedia a última palavra com a condição de se ater aos termos do Tratado de Extradição assinado com a Itália em 1998. Agora o próprio Supremo desconsidera aquela decisão, em proveito de um argumento tragicômico: se a Itália não é parte legítima do processo, como sustentaram os nossos juristas, tirante Cezar Peluso, Gilmar Mendes e Ellen Gracie, talvez seja preciso considerar a possibilidade de que o pedido de extradição tenha partido (e de quem mais?) de Deus. Ou não seria do demônio?
Ao cabo, valeu o conceito de que, ao ser devolvido ao cárcere da Península, ali o extraditado correria até risco de vida, tese peculiar defendida pelo procurador Gurgel e endossada por Lula. E pelo advogado–geral da União, Luís Inácio Adams, segundo quem “a exuberância da democracia italiana” permite ilações baseadas em fatos hipotéticos.
Pergunto aos meus botões o que se daria em um país de autêntica democracia e de regime presidencialista se o presidente da República, Obama, digamos, não acatasse a decisão da Corte Suprema. Hipótese impossível, soletram, por ferir o princípio intocável da separação dos Poderes. Já me preparo aos insultos dos fanáticos do Apocalipse, de hábito prontos a lastimar meu sangue italiano, do qual, aliás, muito me orgulho. A cães raivosos disse
em outras ocasiões que eu escolhi o Brasil enquanto não lhes cabe mérito algum por terem nascido aqui. Fique claro que hoje estaria indignado quanto estou neste momento se Battisti fosse, por exemplo, um ex-terrorista do Baader Meinhof.
Não consigo imaginar, de todo modo, que o ex-terrorista italiano fique em liberdade por causa das perorações desconexas do senador Suplicy e de uma escritora francesa de segundo time. Na origem, estão os singulares, insondáveis interesses de uma facção petista, na qual não é árduo registrar a presença de Luiz Eduardo Greenhalgh e do atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Impávido, diz que os italianos vão digerir a afronta “porque são nossos irmãos”. Cardozo e Greenhalgh, aliás, reúnem-se não somente em torno de Battisti, mas também de Daniel Dantas, outro que a Justiça brasileira costuma proteger.
Ao banqueiro Cardozo já prestou relevantes serviços, enquanto Greenhalgh figurava no exército dos advogados do orelhudo. Ainda deputado, Cardozo foi um dos promotores do célebre jantar na casa de Heráclito Fortes entre Dantas e o então ministro Márcio Thomaz Bastos, e acompanhou o banqueiro à Itália para assessorá-lo na tentativa de organizar por lá uma contraofensiva na guerra à Telecom peninsular.
De acordo com meus críticos botões, neste nosso país dos herdeiros da casa-grande e da senzala, permanece intacta a vetusta consigna: aos amigos tudo, aos inimigos a lei.
Dia 8, quarta-feira, leio os jornalões para saber o que pensam a respeito da queda de Antonio Palocci. Meu interesse brota das reações da mídia quando da nomeação de Palocci para a Casa Civil, apontado como articulador político ideal e traço de união entre governo, empresariado e mercado financeiro. De improviso, o prestígio de Palocci sofre alguns abalos com a revelação do seu extraordinário enriquecimento. Mesmo assim, há duas edições Veja ainda via nele o paladino da razão em meio à tresloucada equipe governista.
Resta averiguar a sentença da semanal da Abril depois do fato consumado, por enquanto constato que os jornalões definem posições diversas em relação aos efeitos da demissão. O Estadão, em editorial bem calibrado, enxerga o fortalecimento da presidenta Dilma. A Folha concorda, com menor clareza. O Globo, pelo contrário, proclama em manchete o enfraquecimento do governo. CartaCapital entende que os fados foram generosos com a presidenta ao inspirarem a denúncia da Folha. Com a queda de Palocci, ela afirma a sua autoridade e, como diz a capa desta edição, assume efetivamente a Presidência da República.
Permitam-me citar a mim mesmo. Em um artigo publicado na primeira semana de janeiro, logo após a posse, eu escrevia: “Sabe-se que a composição do governo sofreu, como era natural, a influência de Lula, mas nada impede que a atual formação venha a ser retocada pela mão independente de Dilma”. Logo aventava a hipótese de que Palocci pretendesse contrapor-se a Guido Mantega, e CartaCapital sabe que, nos bastidores, o chefe da Casa Civil se esmerava há tempo em tecer comentários desfavoráveis sobre a atuação do ministro da Fazenda, bem como do presidente do BNDES, Luciano Coutinho.
No artigo divisava ainda outros problemas no caminho da presidenta. Um deles, o chamado Caso Battisti. Outro, a organização do Mundial de 2014, entregue à máfia do futebol. A decisão final do STF em relação a Battisti não deve encerrar o caso. O protesto da Itália em peso não faltará, do Estado, do governo e da opinião pública, e é difícil prever as sequelas. Quanto à Copa, a questão está de pé e descerra riscos para Dilma e para o Brasil, e não aludo ao país das chuteiras, mas ao emergente que dilata prestígio mundo afora.
CartaCapital apoiou a candidatura Dilma para a Presidência desde o começo da campanha eleitoral do ano passado, e não se arrepende, mesmo porque percebeu nela as qualidades indispensáveis a um ótimo desempenho. O Caso Palocci a pôs em xeque e a repentina visita de Lula a Brasília, e as conversas do ex-presidente com as lideranças peemedebistas, a enfraqueceram. A presidenta soube, porém, como reagir e mostrar quem de fato manda, sem deixar de passar por cima do procurador-geral da República. Roberto Gurgel que, ao não abrir a investigação sobre o enriquecimento de Palocci, agiu na convicção de servir ao governo em busca de sua confirmação no cargo. Dilma decretou seu engano.
Ao se afirmar de forma tão peremptória, a presidenta define seu poder, com um grau de independência que até dia 7 de junho aguardava a prova. Outras pedras talvez surjam no seu caminho, mas, ao atuar como se deu nesses dias atribulados, ela terá amplas condições de evitá-las, ou de afastá-las. Por ora, ganha maior alento com a baixa dos índices inflacionários, a bem de todos nós.
Responsabilidade nenhuma lhe cabe pelo deplorável desfecho do Caso Battisti. Durante a campanha eleitoral, a mim, sem meias-palavras, a candidata disse que o ex-terrorista merecia a extradição. A decisão oposta de Lula, tomada nos derradeiros minutos do seu segundo mandato, não se oferece a uma análise fácil, assim como sua defesa in extremis de Antonio Palocci. A decisão definitiva do Supremo exibe a componente de delírio que figura entre as características sombrias do poder nativo, nutridas pela ignorância, pela arrogância, pela prepotência. Ah, sim, pelo provincianismo, a toldar a visão do mundo, até superficial. O STF cometeu uma ofensa ao Direito, à moral e à razão.
CartaCapital já dissertou longamente a respeito de Battisti, e para tanto, contrariamente aos juízes do Supremo, limitara-se a tomar conhecimento da ficha policial de um ladrãozinho da periferia romana, estuprador de uma inválida, preso e condenado quatro vezes antes de aderir a um pequeno grupo terrorista, pateticamente empenhado- em derrubar um Estado Democrático de Direito. Abalo-me a acreditar que Dilma Rousseff sabe de cor e salteado aquilo que a maioria dos ministros do STF pretende ignorar, ou seja, a diferença entre quem arriscou a vida para combater a ditadura e quem pegou em armas, e matou, entre outros, um açougueiro e um joalheiro, com o propósito de enterrar a democracia.
Lula desconsiderou a decisão inicial do STF, que lhe concedia a última palavra com a condição de se ater aos termos do Tratado de Extradição assinado com a Itália em 1998. Agora o próprio Supremo desconsidera aquela decisão, em proveito de um argumento tragicômico: se a Itália não é parte legítima do processo, como sustentaram os nossos juristas, tirante Cezar Peluso, Gilmar Mendes e Ellen Gracie, talvez seja preciso considerar a possibilidade de que o pedido de extradição tenha partido (e de quem mais?) de Deus. Ou não seria do demônio?
Ao cabo, valeu o conceito de que, ao ser devolvido ao cárcere da Península, ali o extraditado correria até risco de vida, tese peculiar defendida pelo procurador Gurgel e endossada por Lula. E pelo advogado–geral da União, Luís Inácio Adams, segundo quem “a exuberância da democracia italiana” permite ilações baseadas em fatos hipotéticos.
Pergunto aos meus botões o que se daria em um país de autêntica democracia e de regime presidencialista se o presidente da República, Obama, digamos, não acatasse a decisão da Corte Suprema. Hipótese impossível, soletram, por ferir o princípio intocável da separação dos Poderes. Já me preparo aos insultos dos fanáticos do Apocalipse, de hábito prontos a lastimar meu sangue italiano, do qual, aliás, muito me orgulho. A cães raivosos disse
em outras ocasiões que eu escolhi o Brasil enquanto não lhes cabe mérito algum por terem nascido aqui. Fique claro que hoje estaria indignado quanto estou neste momento se Battisti fosse, por exemplo, um ex-terrorista do Baader Meinhof.
Não consigo imaginar, de todo modo, que o ex-terrorista italiano fique em liberdade por causa das perorações desconexas do senador Suplicy e de uma escritora francesa de segundo time. Na origem, estão os singulares, insondáveis interesses de uma facção petista, na qual não é árduo registrar a presença de Luiz Eduardo Greenhalgh e do atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Impávido, diz que os italianos vão digerir a afronta “porque são nossos irmãos”. Cardozo e Greenhalgh, aliás, reúnem-se não somente em torno de Battisti, mas também de Daniel Dantas, outro que a Justiça brasileira costuma proteger.
Ao banqueiro Cardozo já prestou relevantes serviços, enquanto Greenhalgh figurava no exército dos advogados do orelhudo. Ainda deputado, Cardozo foi um dos promotores do célebre jantar na casa de Heráclito Fortes entre Dantas e o então ministro Márcio Thomaz Bastos, e acompanhou o banqueiro à Itália para assessorá-lo na tentativa de organizar por lá uma contraofensiva na guerra à Telecom peninsular.
De acordo com meus críticos botões, neste nosso país dos herdeiros da casa-grande e da senzala, permanece intacta a vetusta consigna: aos amigos tudo, aos inimigos a lei.
Adeus Palocci =D
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Entenda a crise na prefeitura de Campinas
Por Clara Roman, Carta Capital
Em uma sessão marcada por tensão, protestos e tentativas de invasão por manifestantes, a Câmara Municipal de Campinas decidiu pela manutenção do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), conhecido como Dr. Hélio, no cargo, na última quarta-feira 15. Para que o impeachment se efetivasse, seriam necessários dois terços do total de votos, o correpondente a 22 do total de 33 vereadores. No entanto, apenas 16 votaram pela saída dele.
A prefeitura da terceira maior cidade de São Paulo sofre crise política depois que o Ministério Público denunciou um esquema de corrupção envolvendo funcionários do alto escalão da adminitração municipal, incluindo a primeira dama Rosely Nassim Santos, indicada como uma das chefes do esquema.
O documento denuncia um esquema de fraude de licitações envolvendo uma empresa pública de saneamento, a Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento). Segundo relato do Ministério Público, o esquema beneficiava um grupo de empresas que fraudavam licitações através do pagamento de propinas a agentes públicos. Provas coletadas mostram que a corrupção abrangia empreendimentos imobiliários e concessão de alvarás.
Além de Rosely Nassim, chefe de gabinete exonerada depois do início do escândalo, foram apontados como chefes do esquema o vice prefeito Demétrio Vilagra (PT). Até a revogação, ambos encontravam-se foragidos.
Em sua defesa, o prefeito afirmou que as fraudes são exclusivas da empresa e que as operações criminosas são feitas desde 1994. As investigações tiveram início no ano passado, depois da delação premiada do ex-presidente da Sanasa, Luiz Augusto de Aquino, que também esteve envolvido nas ações criminosas, mas não foi indiciado por conta de seu depoimento.
O relatório do Ministério Público aponta que o “o núcleo de corrupção da Sanasa foi instalado no início de 2005, tão logo a senhora Rosely assumiu a chefia de gabinete da Prefeitura de Campinas e arregimentou os demais agentes públicos necessários a seu plano criminoso”. Segundo os promotores, R$ 615 milhões já foram subtraídos dos cofres públicos, principalmente em contratos das áreas de limpeza, segurança e vigilância patrimonial.
Nessa semana, o Tribunal de Justiça de São Paulo revogou o pedido de prisão de Rosely, do vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT) e outros seis mandados expedidos pelo MP, de forma que não há mais nenhum denunciado com prisão preventiva decretada. Além disso, depois de 5 dias preso, o ex-secretário de Segurança Pública, Carlos Henrique Pinto foi solto na quarta-feira 15.
O Ministério Público Estadual, autor das denúncias contra 22 agentes públicos do alto escalão da prefeitura de Campinas, estuda se entrará com recurso contra as revogações.
Na segunda-feira 13, vereadores haviam decidido dar prosseguimento ao processo de impeachment do prefeito. Dr. Hélio reagiu em carta aberta, na qual alegou ser vítima de golpe político. No documento, ele reiterou que não possui participação no esquema de corrupção denunciado pelo MPE há quase um mês. De acordo com Santos, o relatório com o conteúdo das investigações isenta de responsabilidade a figura do prefeito.
Ao todo, 22 pessoas foram formalmente denunciadas pelo Ministério Público por suposto envolvimento no esquema. O Tribunal de Justiça revogou os contratos por considerá-los abusivos.
Segundo publicação do Diário Oficial de São Paulo em 26 de maio, o deputado estadual petista Enio Tatto pediu para que “não se faça uso político desse caso”, apesar de afirmar ser favorável às investigações.
Segundo ele, três vereadores da bancada do PT assinaram o pedido de abertura de CPI para investigar as denúncias em Campinas. Em troca, Tatto pedia que políticos do DEM e PSDB assinassem a CPI dos pedágios. O PDT, partido do Dr. Hélio, é apoiado pelo PT, partido do vice Demetrio Vilagra.
Em uma sessão marcada por tensão, protestos e tentativas de invasão por manifestantes, a Câmara Municipal de Campinas decidiu pela manutenção do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), conhecido como Dr. Hélio, no cargo, na última quarta-feira 15. Para que o impeachment se efetivasse, seriam necessários dois terços do total de votos, o correpondente a 22 do total de 33 vereadores. No entanto, apenas 16 votaram pela saída dele.
A prefeitura da terceira maior cidade de São Paulo sofre crise política depois que o Ministério Público denunciou um esquema de corrupção envolvendo funcionários do alto escalão da adminitração municipal, incluindo a primeira dama Rosely Nassim Santos, indicada como uma das chefes do esquema.
O documento denuncia um esquema de fraude de licitações envolvendo uma empresa pública de saneamento, a Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento). Segundo relato do Ministério Público, o esquema beneficiava um grupo de empresas que fraudavam licitações através do pagamento de propinas a agentes públicos. Provas coletadas mostram que a corrupção abrangia empreendimentos imobiliários e concessão de alvarás.
Além de Rosely Nassim, chefe de gabinete exonerada depois do início do escândalo, foram apontados como chefes do esquema o vice prefeito Demétrio Vilagra (PT). Até a revogação, ambos encontravam-se foragidos.
Em sua defesa, o prefeito afirmou que as fraudes são exclusivas da empresa e que as operações criminosas são feitas desde 1994. As investigações tiveram início no ano passado, depois da delação premiada do ex-presidente da Sanasa, Luiz Augusto de Aquino, que também esteve envolvido nas ações criminosas, mas não foi indiciado por conta de seu depoimento.
O relatório do Ministério Público aponta que o “o núcleo de corrupção da Sanasa foi instalado no início de 2005, tão logo a senhora Rosely assumiu a chefia de gabinete da Prefeitura de Campinas e arregimentou os demais agentes públicos necessários a seu plano criminoso”. Segundo os promotores, R$ 615 milhões já foram subtraídos dos cofres públicos, principalmente em contratos das áreas de limpeza, segurança e vigilância patrimonial.
Nessa semana, o Tribunal de Justiça de São Paulo revogou o pedido de prisão de Rosely, do vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT) e outros seis mandados expedidos pelo MP, de forma que não há mais nenhum denunciado com prisão preventiva decretada. Além disso, depois de 5 dias preso, o ex-secretário de Segurança Pública, Carlos Henrique Pinto foi solto na quarta-feira 15.
O Ministério Público Estadual, autor das denúncias contra 22 agentes públicos do alto escalão da prefeitura de Campinas, estuda se entrará com recurso contra as revogações.
Na segunda-feira 13, vereadores haviam decidido dar prosseguimento ao processo de impeachment do prefeito. Dr. Hélio reagiu em carta aberta, na qual alegou ser vítima de golpe político. No documento, ele reiterou que não possui participação no esquema de corrupção denunciado pelo MPE há quase um mês. De acordo com Santos, o relatório com o conteúdo das investigações isenta de responsabilidade a figura do prefeito.
Ao todo, 22 pessoas foram formalmente denunciadas pelo Ministério Público por suposto envolvimento no esquema. O Tribunal de Justiça revogou os contratos por considerá-los abusivos.
Segundo publicação do Diário Oficial de São Paulo em 26 de maio, o deputado estadual petista Enio Tatto pediu para que “não se faça uso político desse caso”, apesar de afirmar ser favorável às investigações.
Segundo ele, três vereadores da bancada do PT assinaram o pedido de abertura de CPI para investigar as denúncias em Campinas. Em troca, Tatto pedia que políticos do DEM e PSDB assinassem a CPI dos pedágios. O PDT, partido do Dr. Hélio, é apoiado pelo PT, partido do vice Demetrio Vilagra.
nb: que coisa feia em Campinas...
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terça-feira, 14 de junho de 2011
Morra Boris, morra!
I
Boris morreu.
É assim que tudo começa e não me importo se gostaram ou não.
Sim, ele morreu.
Morreu com tiro no peito, sangrou no leito.
Boris foi assassinado e por ele ninguém chora.
Não deixou viúvas, nem filhos. Vestia maltrapilhos.
Tinha uma casa na praia, onde morava seu rabo de saia.
Mas ela o deixou, assim que a grana acabou.
Ah... grana, dinheiro, money, tutu, bufunfa, faz-me rir, faz-nos chorar
Faz-nos a vida toda labutar.
Acordar cedo, dormir tarde, tomar um ônibus, tomar um metrô, tomar no c... vida de pobre!
II
Boris veio de família burguesa.
Seus pais eram pobres e fizeram a vida vendendo doces até abrirem uma rede de supermercados.
Olga e Angelo quiseram dar ao filho todo conforto que não tiveram.
Angelo, italiano da Sicilia, saiu do país brigado com o pai por apaixonar-se e querer se casar com a polonesa judia, Olga.
"Uma judia????? Case-se e suma daqui!!!" (claro que ele falou em italiano).
E eles sumiram.
Embarcaram para as terras "descobertas" por Cabral.
Olga penou para aprender o português.
Angelo que tinha boa vida na Europa, sentiu a sensação de não ter nada além da roupa no corpo.
Estavam felizes. Juntos. Prontos para batalhar.
Compravam doce a preço de custo de um mercado grande e revendiam com uma pequena margem de lucro.
Angelo odiava admitir, mas mais da metade das vendas eram devidas a beleza de Olga.
Olhos azuis, cabelos loiros e longos, pele branca, seios nem pequenos e nem grandes, sorriso fácil e voz suave.
Ah, Olga!
A freguesia era quase toda de homens. Velhos, novos, aleijados, japoneses, militares. Políticos.
E é aí que o destino de Boris começa a se desenhar.
III
Álvaro era o terror das cercanias onde morava.
Na escola da malandragem, até o professor com ele aprendeu.
Ia para a camara só para um dinheirinho desviar.
Sabia mesmo que era mesmo diferente, e que aquilo ali não era seu lugar.
Ele queria sair e o dinheiro público gastar, e também ser dono de televisão.
Entou em um partido para se candidatar.
E finalmente exercer sua vocação.
IV
"Buongiorno signore Álvaro."
"Bom dia senhor Angelo. Nunca deixa o italiano de lado."
"Jamais. Mas o que devo a honra da visita?"
"Fiquei sabendo que o o senhor tem um filho com vocações para o mundo da política, isto é verdade?"
"Não me agrada saber que esta informação corra por aí. Mas sim, é verdade. É um ótimo orador e argumentador."
"Ora senhor, porque a idéia não agrada? O povo só sabe falar mal do governo, que inclusive, ele próprio elege. Há os maus e há os bons."
"De qualquer forma, sinto que saí de uma terra de mafiosos e cai em outra."
"Siciliano, siciliano. Eu devo rir de seu comentário."
"Devo me arriscar a saber qual o motivo se sua curiosidade? O senhor não costuma jogar conversas no vento, só com as damas claro."
"Sim, com as mulheres é preciso todo um traquejo, uma postura, palavras bonitas. Algo como o senhor deve ter tido para conquistar sua senhora, que com o devido respeito, é a mais bela que já vi em minha vida."
"Menos urubu carnicento, menos. Ora, todos os dias desde que aqui estou tenho que ouvir coisas parecidas. Se eu morrer, ela haverá de sumir daqui para não ser atacada."
"Vaso ruim não quebra fácil senhor Angelo. E ademais, ela foi feita para o senhor e o senhor para ela. Nunca a vi ser mais do que simpática fosse com quem fosse."
"Saber disso é melhor do que qualquer coisa. Aliás, fugimos do assunto. Que quer com Boris?"
"Quero conversar com ele e persuadí-lo a entrar em meu partido."
"Não irei me opor pois tenho o senhor em alta conta, chamarei o garoto, com uma condição."
"Qual?"
"Não o quero ver envolvido em certas, como digo, obscuridades."
"Já menti para o senhor alguma vez?!"
"Para mim, não."
V
E assim Boris envolve-se com Álvaro.
Dois calhordas. Dois patifes.
Um malandro diplomado adEvogado e outro filho-de-papai que mama nas tetas gordas da família e é metido a sabedor.
As aparências enganaram o povo, como sempre.
Eles conseguiram um lugar cativo no clube dos corruptos.
Eu, tu, nós, vós e todos os pronomes pessoais do caso reto financiamos a estes bandidos.
Desviar dinheiro e traficar influências, é brincadeira de criança.
Eles riem de ti ó Têmis.
Eles riem.
Chamam-te de zarolha, no mínimo.
Eles creem piamente terem comprado vossa omissão.
Tu tens valor, ó Têmis?
VI
Ainda celebramos a estupidez do povo
Nossos coxinhas e tevelisão
Vamos celebrar o desgoverno
E este estado de corrupção
Celebrar nossa juventude idiota
as crianças gordas
Celebrar nossa alimentação
Vamos celebrar Mendes e Dantas
nossa politica de classes
Eles querem sempre mais riqueza
e nos deixar na saudade
Eles comemoram pois somos idiotas
e suamos sangue até no feriado
Financiamos suas jogadas
Passagens de aviões até coisas mais banais
Vamos celebrar a justiça
A ganância e a difamação
vamos celebrar os preconceitos
Este país de analfabetos
Comemorar a banda podre
E todos os impostos
Satiagrahas, castelos de areia
E CBF...
VII
Álvaro compra uma redede televisão e deixa na mão dos filhos.
Ele é o novo censor da cidade.
Nada foge aos seus ouvidos e vistas.
Ninguém pode falar o que ele não deseja ouvir.
Boris de eterno aprendiz, começa a colocar as asinhas de fora.
Ele vislumbra compartilhar do poder.
Ah, caro Boris...
Só mais um degrau na escada.
Só mais uma cabeça a ser pisada.
Diria meu caro Bolaños, empinando o jornal: "treze pessoas enganadas."
Álvaro tirou todos os poderes do aprendiz e o tornou uma figura decorativa.
Boris quis matá-lo. Boris quer matá-lo. Boris irá matá-lo?
Não tem coragem de matar nem uma barata, sempre disse sua mãe.
Boris consegue dissuadir o mestre, e consegue um cargo na televisão.
Boris trama usar o veículo contra seu criador.
Álvaro sorri.
Vê no garoto um reflexo seu, só que sem rugas e com cabelo amarelo em toda a cabeça.
No meio da trama Boris apaixona-se. Ele cessa o plano, por enquanto, para viver algo que nunca viveu.
VIII
Bandidos também amam não é?
Mas este autor não hollywoodiano. Bandido é sempre bandido, e como tal, morre no final.
Este autor matará Boris.
Sabe porque eu o matarei?
Porque não existe justiça para rico neste país.
Ela não se aplica aos poderosos.
Justiça com as própria mãos não pode ser feita.
E qual pode então meus caros?
Matarei este símbolo com palavras, porque assim como dizia Olga, não mato nem uma barata.
Ó Têmis, onde estará? Onde...
IX
Sorrindo para a câmera
Sem saber que estamos vendo
Chorando que dá pena
Quando sabem que estão em cena
Sorrindo para as câmeras
Sem saber que são filmados
Um dia o sol ainda vai nascer
Quadrado!
...
Senhores! Senhores! Senhores!
Minha Senhora!
Bandido! Corrupto
Senhores! Senhores!
Filha da Puta! Bandido!
Corrupto! Ladrão! Senhores!
Filha da Puta! Bandido!
Corrupto! Ladrão!...
X
Hey Boris, você está acordado?
_ Quem é?
Sou eu, o autor da sua história.
_ O que você quer?
Saber. Entender. Compreender.
_ Entender o que?
Porque me rouba? Porque nos rouba? Você não tem muito dinheiro?
_ Ah, dinheiro nunca é demais. Trabalhar é para os trouxas. Se você tem a oportunidade de fazer dinheiro fácil, você faz. Todo mundo é assim. Hipócritas como você tem de monte por aí.
Julga a ética das pessoas baseado no seu proceder?
_ Não no meu proceder, mas no que eu vejo ao meu redor.
Ora, ora, se vive rodeado de carniceiros esperava encontrar o que? quem?
_ Seu papo moralista me entoja. Continue com sua história, autor.
Prosseguirei seu crápula. Mate em dois.
_ O que quer dizer?
Te matarei em dois lances. Seu dinheiro e influências não salvar-te-ão.
XI
Boris desperta do pesadelo.
Está suado.
Sentiu medo.
Vendeu a alma ao diabo e agora não quer pagar o preço.
Vários de seus esquemas estão sob investigação intensa da polícia federal.
Teve seus bens interditados e contas bloqueadas.
Era pobre.
Não é que o sistema funcione, é que ele mexeu com quem não deveria.
Álvaro. Seu mestre está furioso.
Está bufando de ódio.
Boris deu um tiro no pé quando entregou para imprensa esquemas do mestre.
Ele estava enrolado até o pescoço.
Boris olha para o lado e não vê sua mulher, só um bilhete.
Bilhete este dizendo que a família da moça seria morta se ela continuasse com ele.
Boris que já tinha a reprovação completa dos pais, fica sózinho.
Ele tem apenas seu mestre. Seu amigo e maior inimigo.
XII
Boris reuniu documentos e pastas e ligou em uma emissora.
Iria expor a verdade.
Ela iria se queimar, mas seu comparsa mais ainda.
Tomou todas as precauções e saiu de seu escritório.
Saiu disfarçado do que ele entende que é um pobre.
Alguém com roupas rasgadas e sujas.
Ele seguiu contando os passos e tentando não olhar para lado algum.
Sentia a morte lhe seguindo.
Soprando em seu cangote.
Podia ouvir os passos dela.
Ela ria.
Por mais que fosse só mais uma alma.
Ela ria.
Ela sabia a dimensão de levar gente ruim.
Ele andava rápido, querendo correr.
Cada cidadão que ele roubou.
Cada criança que não recebeu merenda, que não foi atendida no hospital, que não teve oportunidade no mercado de trabalho.
Cada gota de sangue a mais que jorramos para tapar o buraco.
Rombos financeiros que ele e sua corja abriram.
E pagamos.
Ah Boris, a morte te segue.
Corra Boris, corra.
Morra Boris, morra!
Um quarteirão do prédio da imprensa.
Ele para na calçada antes de atravessar.
Olha para esquerda, olha para a direita.
Não vê seus perseguidores.
Sorri bem de leve.
Agora ele fará justiça.
Hã? Têmis ? Você enlouqueceu?
Ele pensou, disse justiça?
Ele faz-te inválida e agora te usa?
Ora, ora, a mundo virou do avesso.
Boris, comigo não Boris.
O crápula dá um passo adiante.
Vai fazer justiça HAHAHAHA.
O crápula dá um segundo passo.
Um terceiro passo.
Olha levemente para o prédio alto à esquerda.
Vê uma espécie de reflexo, algo que não sabe bem o que é.
Ele contém o próximo passo e olha para o prédio da imprensa.
Está tão perto, tão perto.
É um aviso Boris, quer seguir, vá.
Esta é tua linha vermelha.
É... Boris, você está quase no meio da rua, aí passam carros, como o que vai passar... agora!
Boris ouve a buzina e dá dois passos rápidos a frente e sente o peito queimar na mesma hora!
Um tiro, dois tiros e um terceiro de raspão!
Ele cai e a multidão ao redor assusta-se.
"É tiro, é tiro" ouve-se.
O formigueiro de gente dispersa-se apavorado.
"Atiraram no mendigo" ouve-se.
Um rapaz passa, para bem diante de Boris e com um sorriso pergunta
"Está tudo bem?"
Boris não consegue falar, ver, apenas respira no desespero de manter-se vivo e fazer justiça.
Ah Têmis, tu não fez nada.
Eu fiz.
Boris de tanto tentar consegue ver um homem diante dele.
Álvaro. Seu mestre.
Obrigado por tudo Boris. Você podia ter evitado tudo isso, não tive escolhe.
Boris não consegue falar, mas solta um sorriso malicioso antes de fechar seus olhos para sempre.
Boris morreu.
XIII
Um minuto de silêncio a todos os Boris que estão a solta.
Um minuto de pausa e para lembrarmos que esta ficção não imita a vida.
Eles degustam a vida até o último gole. Goles pagos com nosso sangue e suor.
Boris, descanse em paz.
Você é o motivo destas linhas, sem você não há porque prosseguir.
Há mais de você por aí, a vida ou morte, darão cabo deles. Todos eles.
Capa do jornal de hoje: Glorioso deputado Boris é assassinado!
Boris morreu.
Citado aqui
Legião Urbana: Faroeste Caboclo, Perfeição
Titãs: Vossa Excelência
Chaves e o show de Io-iôs
Lola Rennt
[]s.
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Ricardo Filho
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sábado, 11 de junho de 2011
O Jogo dos três dados
O Andar do Bêbado é um livro muito massa! Não acabei de ler ainda, estou na metade, mas posso dizer que está mais que satisfatório. Um dos problemas que ele conta no livro, é do Jogo dos três dados, que foi proposto a Galileu Galilei.
Entenda aí o problema:
Jogadores e apostadores compulsivos têm hábito de apostar em tudo e de fazer apostas mais diversas, envolvendo cartas, dados, roletas, etc. No século XVII, por volta de 1620, Galileu Galilei, famoso matemático e astrônomo italiano escreveu “Considerações sobre o jogo dos dados” que narrava uma consulta que lhe foi feita por alguns apostadores, que consideravam que existia um paradoxo num jogo que faziam com o lançamento de três dados.
Os jogadores achavam que no lançamento de três dados equilibrados, do tipo cúbico, com faces numeradas de 1 a 6, obter soma 9 ou 10 deveria ocorrer com a mesma freqüência, já que, segundo eles, existiam 6 opções para que a soma resultasse no valor nove e as mesmas 6 opções
para o valor 10.
Resultado 9
Resultado 10
Mas o paradoxo surgia quando iam para a prática, na hora do jogo verificavam que a soma 10 ocorria mais vezes do que a soma 9, mesmo que o jogo se repetisse muitas vezes ou muitos dias seguidos. Não entendiam o que estava ocorrendo e fizeram a consulta ao renomado Galileu.
Ele respondeu que esses resultados esperados não eram igualmente prováveis, por exemplo o resultado 9, obtido a partir da combinação 3 3 3 (três nos três dados) só tem uma possibilidade de ocorrência, enquanto que o resultado 10, obtido pela combinação 2 3 5, pode ser obtido de 6 modos distintos (2 3 5, 2 5 3, 3 2 5, 3 5 2, 5 2 3, 5 3 2).
Abaixo o diagrama de árvore para ilustrar
Galileu calculou que o resultado da soma igual a 10 podia ser obtido de 27 modos distintos e o da soma 9 só podia ser obtido de 25 maneiras distintas.
Nesse caso o que havia era um erro de cálculo dos apostadores e a Lei dos Grandes Números de Bernoulli não poderia mesmo gerar, através da experiência, o resultado esperado por eles.
E por hoje é só =D
Referências:
Magia da Matemática
Universidade Federal do Ceará
O Andar do Bêbado, de Leonard Mlodinow
Entenda aí o problema:
Jogadores e apostadores compulsivos têm hábito de apostar em tudo e de fazer apostas mais diversas, envolvendo cartas, dados, roletas, etc. No século XVII, por volta de 1620, Galileu Galilei, famoso matemático e astrônomo italiano escreveu “Considerações sobre o jogo dos dados” que narrava uma consulta que lhe foi feita por alguns apostadores, que consideravam que existia um paradoxo num jogo que faziam com o lançamento de três dados.
Os jogadores achavam que no lançamento de três dados equilibrados, do tipo cúbico, com faces numeradas de 1 a 6, obter soma 9 ou 10 deveria ocorrer com a mesma freqüência, já que, segundo eles, existiam 6 opções para que a soma resultasse no valor nove e as mesmas 6 opções
para o valor 10.
Resultado 9
1 2 6 | |6| | 126, 162, 216, 261, 612, 621 |
1 3 5 | |6| | 135, 153, 315, 351, 513, 531 |
1 4 4 | |3| | 144, 414, 441 |
2 2 5 | |3| | 225, 252, 522 |
2 3 4 | |6| | 234, 243, 342, 324, 423, 432 |
3 3 3 | |1| | 333 |
Resultado 10
1 3 6 | |6| | 136, 163, 316, 361, 613, 631 |
1 4 5 | |6| | 145, 154, 451, 415, 514, 541 |
2 2 6 | |3| | 226, 262, 622 |
2 3 5 | |6| | 235, 253, 352, 325, 523, 532 |
2 4 4 | |3| | 244, 242, 442 |
3 3 4 | |3| | 334, 343, 433 |
Mas o paradoxo surgia quando iam para a prática, na hora do jogo verificavam que a soma 10 ocorria mais vezes do que a soma 9, mesmo que o jogo se repetisse muitas vezes ou muitos dias seguidos. Não entendiam o que estava ocorrendo e fizeram a consulta ao renomado Galileu.
Ele respondeu que esses resultados esperados não eram igualmente prováveis, por exemplo o resultado 9, obtido a partir da combinação 3 3 3 (três nos três dados) só tem uma possibilidade de ocorrência, enquanto que o resultado 10, obtido pela combinação 2 3 5, pode ser obtido de 6 modos distintos (2 3 5, 2 5 3, 3 2 5, 3 5 2, 5 2 3, 5 3 2).
Abaixo o diagrama de árvore para ilustrar
Eu que fiz este diagrama de árvore no paint =DD (espero que esteja certo)
Galileu calculou que o resultado da soma igual a 10 podia ser obtido de 27 modos distintos e o da soma 9 só podia ser obtido de 25 maneiras distintas.
Nesse caso o que havia era um erro de cálculo dos apostadores e a Lei dos Grandes Números de Bernoulli não poderia mesmo gerar, através da experiência, o resultado esperado por eles.
E por hoje é só =D
A pergunta que não quer calar: Você tem dado em casa?
Referências:
Magia da Matemática
Universidade Federal do Ceará
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Ricardo Filho
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quinta-feira, 9 de junho de 2011
Estocolmo
Gamla Stan a noite
Esse viajando não são com fotos que eu tirei, pois, infelizmente, nunca estive em Estocolmo.
É um trabalho da faculdade onde tinha que falar de uma cidade, daí fui recolhendo informações e fotos... meus escassos leitores, que cidade!!!
Fiz um post meio wikipedia para despertar a curiosidade de quem deseja um dia, conhecer esta cidade no coração da Escandinávia. Välkomna !!
Reino da Suécia
O Reino da Suecia é um país nórdico localizado na Península Escandinava na Eurora Setentrional. Tem uma área de 450.295km² e população de 9,2 milhões de habitantes. A capital (e maior cidade) é Estocolmo. A língua oficial é o sueco, a moeda é a coroa sueca. O governo é um composto de democracia parlamentar com monarquia, cujo rei é Carlos XVI Gustavo. Tem o 9º maior IDH do mundo, 99% das pessoas do país são alfabetizadas e a expectativa de vida é de aproximadamente 80 anos.
A capital
Sede do governo, parlamento e residência do rei da Suécia. A cidade fica entre 14 ilhas no centro-sul da costa leste, no lago Mälaren. A cidade é conhecida pela sua beleza com edifícios e parques, sendo visitada por mais de 1 milhão de turistas estrangeiros todo ano.
Estocolmo também é o nome de um dos 21 condados da Suécia, cuja capital é a cidade de Estocolmo. Seu condado está dividido em 26 comunas.
Os registros mais antigos da datam a época de 1250, onde a cidade era mencionada como um importante centro comercial e das explorações das minas de ferro de Bergslagen. A cidade foi fundada para poder proteger o país das invasões marítimas e travar pilhagens que passavam pelo lago Mälaren.
De 1300 até por volta de 1700 houve um grande crescimento da cidade _ assim como todo o país _ que se estagnou por conta da peste que assolou o país.
Após o século XIX o país voltou a crescer com o nascimento e crescimento das indústrias. Atualmente a cidade investe em tecnologia e pesquisas científicas.
Gamla Stan
Geografia
Está situada num arquipélago de catorze ilhas e ilhotas, unidas por 53 pontes, na região onde o lago Mälaren encontra o mar Báltico. A fisiografia da cidade é muito homogênea, sendo que predominam as planícies, chegando no máximo a 200 m de altitude em alguns pontos. Cerca de 30% da cidade está coberta de canais e outros 30% são ocupados por parques e zonas verdes, proporcionando à cidade um clima mais favorável do que se deveria esperar, principalmente devido à elevada latitude no contexto europeu.
Estocolmo tem um clima continental, a temperatura média acima de 10ºC nos meses de maior calor (maio a setembro) e de -3ºC nos meses mais frios (outubro a abril).
A precipitação anual é de aproximadamente 530mm _ para se ter uma ideia, na região semi-árida (sertão nordestino) do Brasil é de 200mm e na região subtropical (estados abaixo do Trópico de Capricórnio) variam entre 1000mm e 2000mm.
As ilhas de Estocolmo
Demografia
A população de Estocolmo esta por volta de 800 mil habitantes (dados 2008). Nos subúrbios há uma concentração de imigrantes que vem do Oriente Médio, sudeste asiático, da antiga Iuguslávia, África e América Latina.
A imagem é do bairro de Kista, que abriga vários imigrantes. A cidade é um polo tecnológico e nela estão localizadas a empresa sueca Ericsson, e outras como a Nokia, HP, Microsoft, Intel e Oracle.
Gamla Stan
Política
O município é governado pela assembleia municipal (kommunfullmäktige) constituída por 101 membros eleitos através de eleições municipais, levadas a cabo a par das eleições legislativas de quatro em quatro anos. Esta assembleia elege 13 membros do comitê executivo que são responsáveis pela governabilidade do município, porém qualquer decisão tomada por eles, tem que ser aprovada pela assembleia.
Estocolmo é dividido em 3 partes (central, meridional e ocidental) que são divididas em 14 distritos que por sua vez são divididos em bairros.
City Hall - Parlamento
Economia
A cidade tem poucas indústrias pesadas, o que a torna uma das mais limpas do mundo. 85% dos empregados trabalham no setor de serviços. A área de alta tecnologia tem crescido muito na cidade que abriga companhias como a IBM, Ericsson e Electrolux.
Estocolmo é o centro financeiro do país, é onde ficam os maiores bancos, bolsas de valores e companhias de seguros.
O sector do turismo representa também uma importante fatia na economia local. Entre 1991 e 2004 o número de visitantes da cidade, por ano, aumentou de quatro milhões para sete milhões e meio.
Ericsson Globe Arena
Educação
Estocolmo é mais conhecida pela cerimônia de entrega do Prémio Nobel que ocorre todos os anos, mas a cidade é também sede da maior concentração de universidades e de instituições de ensino superior isoladas da Suécia.
Universidade de Estocolmo
Transportes
Estocolmo têm um amplo sistema de transporte público.Consiste no Metropolitano de Estocolmo; três sistemas ferroviários regionais ou suburbanos:Dormitório Ferroviário(pendeltåg), Roslagsbanan e Saltsjöbanan; um grande número de linhas de ônibus e uma linha de barca na cidade.
A cidade possui um sistema comum de bilhetes, que permite uma fácil viagem entre os diferentes tipos de transporte. Os bilhetes são de dois tipos principais: bilhete simples e cartão de viagens, ambos permitindo ilimitadas viagens em Estocolmo e em todo o Condado de Estocolmo durante a validade do bilhete.
Metrô
Cultura
Além de ser uma grande cidade com uma vida cultural ativa, Estocolmo, enquanto capital, também abriga várias das instituições culturais da Suécia, incluindo teatros, ópera e museus. Há dois prédios que são classificados como Patrimônio Cultural da Humanidade, de acordo com a UNESCO: o Palácio Drottningholm e o cemitério de Skogskyrkogården. Estocolmo foi a Capital Europeia da Cultura em 1998. A escolha da cidade provém da qualidade de vida, que é uma das melhores do mundo.
Anfiteatro
Arquitetura
A arquitetura da cidade mistura construções da idade média, como em Gamla Stan (cidade velha), da época do Renascimento e barroca, como em Sodermalm e da revolução industrial e modernismo nos séculos XIX e XX.
Hotel
Museus, teatros
Estocolmo tem mais de uma centena de espaços museológicos, sendo uma das cidades com maior densidade de espaços deste tipo, e são visitados por milhões de pessoas todos os anos. O Museu Nacional, o Museu de Arte Moderna, Museu da Cidade de Estocolmo, Museu Nacional de Ciência e Tecnologia, Museu Nacional Marítimo, Museu Biológico, Aquaria, Museu Nobel são alguns dos grandes museus da cidade e condado de Estocolmo.
A cidade está repleta de teatros de grande categoria, dos quais se podem destacar o Teatro Real de Drama (Kungliga Dramatiska Teatern), um dos mais reconhecidos a nível europeu, e a Ópera Real Sueca (Kungliga Operan), inaugurado em 1773.
Cirkus
Musica
Algumas bandas com origem em Estocolmo: ABBA (Europop), Europe (rock), Therion (death metal), Yngwie Malmsteen (neoclassic metal), Opeth (progressive death metal), Katatonia (Doom metal).
Therion
Futebol
O Futebol é um dos mais populares esportes do país. Em 2008 existiram 3.375 clubes de futebol com mais de um milhão de membros e 270.896 jogadores licenciados. A infraestrutura apresenta 5.708 campos e estádios de futebol, sendo o Estádio Råsunda a arena nacional.
A primeira divisão possui 16 clubes e os maiores campões são o IFK Göteborg (18) e o Malmö FF (16).
O AIK Foboll é o principal time de Estocolmo, tem 11 títulos da primeira divisão. Manda seus jogos no estádio Rasunda, na cidade de Solna, condado e região metropolitana de Estocolmo.
Este estádio foi o palco da final da Copa do Mundo em 29 de junho de 1958, onde o Brasil de Pelé, Garrincha, Didi, Vavá, Zagallo entre outros, derrotou a anfitriã Suécia pelo placar de 5 a 2, e foi campeão do torneio pela primeira vez.
Estádio Rasunda
Turismo
Palácio Real de Estocolmo;
A Igreja Riddarholmskyrkan;
Teatro Drottningholms;
A "Gamla stan" ou cidade velha;
O centro da cidade, ou Stadsholmen, a Riddarholmen (Ilha dos Cavaleiros) e a Helgeandsholmen (ilha onde se encontra o Parlamento Sueco, ou Riksdag);
A Sager House, casa do primeiro-ministro da Suécia;
A praça Norrmalmstorg, no centro da área comercial da cidade;
A praça Sergel (Sergels torg), local de manifestações, com seu pilar central de 37 m e fonte de forma superelíptica;
A península Djurgården (com seus museus e zoológico, no centro da cidade), que inclui o museu ao ar livre; Skansen, retratando a Suécia do passado;
O parque de diversões Gröna Lund;
A torre de TV Kaknästornet, com seus 155 metros de altura e seu mirante no topo.
Cemitério-parque de Skogskyrkogården
Links:
Metrôs em Estocolmo
Visit Stockholm
City of Stockholm
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quarta-feira, 8 de junho de 2011
O verdentreguismo é uma forma de resíduo sólido
Texto do Coversa Afiada de Paulo Henrique Amorim.
O verdentreguismo é uma forma de resíduo sólido.
Este ansioso blogueiro foi convidado para falar num painel sobre o Plano Nacional de Resíduos Sólidos para prefeitos e vereadores da região administrativa de Campinas, São Paulo.
O anfitrião foi o brizolista Mario Heins, prefeito de Santa Bárbara d’Oeste, que em dois anos de governo construiu seis Brizolões, onde estudam em tempo integral três mil crianças (oh, Darcy, onde estás ?).
Esta segunda-feira celebrou o Dia Mundial do Meio Ambiente.
E acaba de entrar em vigor o Plano de Resíduos Sólidos, que dá aos prefeitos brasileiros o prazo até 2014 para acabar com todos os lixões do País.
Jamais haverá outro Morro do Bumba se a lei sancionada pelo Nunca Dantes colar.
O ansioso blogueiro ficou um pouco apreensivo com as palestras que o antecederam.
Sentiu no ar os eflúvios de um certo derrotismo, a predominância de certa Urubologia, um complexo de vira-lata, como se o Brasil fosse o que o PiG (*) acha que é: um imenso lixão (fora de São Paulo, claro).
Jogou no lixo o resíduo sólido que levava na bolsa e disse de improviso mais ou menos o seguinte.
Um repórter me procurou ao entrar neste Painel para saber o que eu pensava nesta hora em que o meio ambiente pede socorro.
Imaginei estar diante de um apresentador do Bom (?) Dia Brasil.
E respondi com a elegância que os amigos navegantes conhecem – só se pede socorro fora do Brasil, porque aqui é onde mais se respeita o meio ambiente.
E lá foi ele, sempre muito elegante, o ansioso blogueiro a explicar que não gosta quando tratam do meio ambiente como um capítulo autônomo, à parte da realidade social.
Como se a causa verdentreguista iluminasse os poucos iluminados que conheceram a Verdade !
Como se o meio ambiente ficasse fora do mundo real, das coisas do dia a dia, da realidade.
Para começar: nenhum país do mundo tem Código Florestal, fora a Austrália: e o Brasil, é claro !
Nos estados do Sul dos Estados Unidos, de onde saíram muitos Confederados foragidos para a região de Americana e Santa Bárbara, as margens do rio Mississipi foram destruídas pela cultura do algodão.
E mandam para cá ongueiros verdentreguistas …
O Bill Clinton esteve aqui semana passada e elogiou o etanol de cana, renovável.
Claro.
No estado dele, o Arkansas, não há um centímetro quadrado de mata nativa: foi tudo derruído pelos abatedouros de frango, que fornecem para a Purdue (que, a propósito, sempre financiou o político Bill Clinton).
Aqui, a gente protege 80% da floresta amazônica.
E não deixa plantar a 30 metros da beira de um rio – de qualquer largura.
Deus beijou a testa desse povo – e o ansioso blogueiro invocou testemunho de um padre ambientalista ali presente.
Porque Deus deu água ao Brasil.
E o Brasil tem a matriz energética mais limpa do mundo !
O ansioso blogueiro deu vivas a Santo Antonio, Jirau e Belo Monte, e fez comovida homenagem à Bláblarina.
Confessou que foi às lagrimas quando a ouviu defender a cópula dos bagres e imaginou que seria possível impedir a construção de Santo Antonio e Jirau.
(O ansioso blogueiro não sabe avaliar a reação de plateia – de deboche ou profunda irritação).
O ansioso blogueiro considerou que semana passada o Governo da JK de saias, ainda que bloqueado por uma imensa bola de colesterol, deu um importante passo na direção da defesa do meio ambiente e da adequada administração dos resíduos sólidos.
Lançou o plano “Brasil sem Miséria”.
Ao tirar dezesseis milhões de brasileiros da miséria, o Brasil terá menos catadores de papel; mais crianças na escola; mais instrução e educação, e, portanto, mais discernimento na hora de jogar lixo fora.
Será um desafio um prefeito acabar com o lixão até 2014 ?
Sim, mas nada que se compare ao que fez a indústria naval brasileira, que, em oito anos, transformou ruas de mato e capim em estaleiros monumentais que produzem – inteira – uma plataforma de petróleo como a P-56 -, batizada de Luiza Erundina , em cerimônia comovente em Angra dos Reis.
O Governo Fernando Henrique quebrou a indústria naval deste País.
E agora a JK de saias vai instalar uma indústria de navi-peças, porque, segundo ela, o Brasil tem política industrial porque pode e, quando não sabe produzir, aprende.
O ansioso blogueiro mencionou outro batismo realizado nesta segunda-feira.
Aquele que reuniu a Cosan e a Shell.
A Cosan é brasileira e é a maior produtora de etanol de cana do mundo.
A Shell é inglesa e holandesa e uma das maiores produtoras de petróleo do mundo.
As duas se uniram para criar a Raízen.
E em que vai investir a Raízen, amigo navegante ?
Na pesquisa do etanol de terceira geração, extraído da celulose da cana, mais produtivo e ainda menos poluente.
Se o Brasil ainda não sabe jogar lixo fora, vai aprender.
E continuar limpo.
O ansioso blogueiro ousou sugerir a uma diligente e aplicada promotora de Justiça e curadora do meio ambiente na cidade, que mudasse o primeiro slide de seu power point.
Ela mostra uma cena bucólica, com neve e pinheiros, talvez numa fralda das Rochosas, no noroeste americano .
O ansioso blogueiro sugeriu que ela trocasse por uma foto da avenida das palmeiras imperiais no Jardim Botânico no Rio.
O mais deslumbrante símbolo da proteção ao meio ambiente que meus antepassados portugueses legaram ao Rio e ao Brasil, até hoje.
De mais a mais, aquela foto da promotora deve ser muito antiga.
Porque quando era repórter do Fantástico, ele foi à floresta do Pacífico Noroeste e viu muitos pinheiros.
Muitos.
Deitados em linha reta na boleia dos caminhões.
Para encerrar e antes que lhe cortassem o pescoço, o ansioso blogueiro disse que o prefeito Mario Heins começou a administrar os resíduos sólidos de Santa Bárbara no dia em que fundou o primeiro Brizolão.
E saravá.
O verdentreguismo é uma forma de resíduo sólido.
Este ansioso blogueiro foi convidado para falar num painel sobre o Plano Nacional de Resíduos Sólidos para prefeitos e vereadores da região administrativa de Campinas, São Paulo.
O anfitrião foi o brizolista Mario Heins, prefeito de Santa Bárbara d’Oeste, que em dois anos de governo construiu seis Brizolões, onde estudam em tempo integral três mil crianças (oh, Darcy, onde estás ?).
Esta segunda-feira celebrou o Dia Mundial do Meio Ambiente.
E acaba de entrar em vigor o Plano de Resíduos Sólidos, que dá aos prefeitos brasileiros o prazo até 2014 para acabar com todos os lixões do País.
Jamais haverá outro Morro do Bumba se a lei sancionada pelo Nunca Dantes colar.
O ansioso blogueiro ficou um pouco apreensivo com as palestras que o antecederam.
Sentiu no ar os eflúvios de um certo derrotismo, a predominância de certa Urubologia, um complexo de vira-lata, como se o Brasil fosse o que o PiG (*) acha que é: um imenso lixão (fora de São Paulo, claro).
Jogou no lixo o resíduo sólido que levava na bolsa e disse de improviso mais ou menos o seguinte.
Um repórter me procurou ao entrar neste Painel para saber o que eu pensava nesta hora em que o meio ambiente pede socorro.
Imaginei estar diante de um apresentador do Bom (?) Dia Brasil.
E respondi com a elegância que os amigos navegantes conhecem – só se pede socorro fora do Brasil, porque aqui é onde mais se respeita o meio ambiente.
E lá foi ele, sempre muito elegante, o ansioso blogueiro a explicar que não gosta quando tratam do meio ambiente como um capítulo autônomo, à parte da realidade social.
Como se a causa verdentreguista iluminasse os poucos iluminados que conheceram a Verdade !
Como se o meio ambiente ficasse fora do mundo real, das coisas do dia a dia, da realidade.
Para começar: nenhum país do mundo tem Código Florestal, fora a Austrália: e o Brasil, é claro !
Nos estados do Sul dos Estados Unidos, de onde saíram muitos Confederados foragidos para a região de Americana e Santa Bárbara, as margens do rio Mississipi foram destruídas pela cultura do algodão.
E mandam para cá ongueiros verdentreguistas …
O Bill Clinton esteve aqui semana passada e elogiou o etanol de cana, renovável.
Claro.
No estado dele, o Arkansas, não há um centímetro quadrado de mata nativa: foi tudo derruído pelos abatedouros de frango, que fornecem para a Purdue (que, a propósito, sempre financiou o político Bill Clinton).
Aqui, a gente protege 80% da floresta amazônica.
E não deixa plantar a 30 metros da beira de um rio – de qualquer largura.
Deus beijou a testa desse povo – e o ansioso blogueiro invocou testemunho de um padre ambientalista ali presente.
Porque Deus deu água ao Brasil.
E o Brasil tem a matriz energética mais limpa do mundo !
O ansioso blogueiro deu vivas a Santo Antonio, Jirau e Belo Monte, e fez comovida homenagem à Bláblarina.
Confessou que foi às lagrimas quando a ouviu defender a cópula dos bagres e imaginou que seria possível impedir a construção de Santo Antonio e Jirau.
(O ansioso blogueiro não sabe avaliar a reação de plateia – de deboche ou profunda irritação).
O ansioso blogueiro considerou que semana passada o Governo da JK de saias, ainda que bloqueado por uma imensa bola de colesterol, deu um importante passo na direção da defesa do meio ambiente e da adequada administração dos resíduos sólidos.
Lançou o plano “Brasil sem Miséria”.
Ao tirar dezesseis milhões de brasileiros da miséria, o Brasil terá menos catadores de papel; mais crianças na escola; mais instrução e educação, e, portanto, mais discernimento na hora de jogar lixo fora.
Será um desafio um prefeito acabar com o lixão até 2014 ?
Sim, mas nada que se compare ao que fez a indústria naval brasileira, que, em oito anos, transformou ruas de mato e capim em estaleiros monumentais que produzem – inteira – uma plataforma de petróleo como a P-56 -, batizada de Luiza Erundina , em cerimônia comovente em Angra dos Reis.
O Governo Fernando Henrique quebrou a indústria naval deste País.
E agora a JK de saias vai instalar uma indústria de navi-peças, porque, segundo ela, o Brasil tem política industrial porque pode e, quando não sabe produzir, aprende.
O ansioso blogueiro mencionou outro batismo realizado nesta segunda-feira.
Aquele que reuniu a Cosan e a Shell.
A Cosan é brasileira e é a maior produtora de etanol de cana do mundo.
A Shell é inglesa e holandesa e uma das maiores produtoras de petróleo do mundo.
As duas se uniram para criar a Raízen.
E em que vai investir a Raízen, amigo navegante ?
Na pesquisa do etanol de terceira geração, extraído da celulose da cana, mais produtivo e ainda menos poluente.
Se o Brasil ainda não sabe jogar lixo fora, vai aprender.
E continuar limpo.
O ansioso blogueiro ousou sugerir a uma diligente e aplicada promotora de Justiça e curadora do meio ambiente na cidade, que mudasse o primeiro slide de seu power point.
Ela mostra uma cena bucólica, com neve e pinheiros, talvez numa fralda das Rochosas, no noroeste americano .
O ansioso blogueiro sugeriu que ela trocasse por uma foto da avenida das palmeiras imperiais no Jardim Botânico no Rio.
O mais deslumbrante símbolo da proteção ao meio ambiente que meus antepassados portugueses legaram ao Rio e ao Brasil, até hoje.
De mais a mais, aquela foto da promotora deve ser muito antiga.
Porque quando era repórter do Fantástico, ele foi à floresta do Pacífico Noroeste e viu muitos pinheiros.
Muitos.
Deitados em linha reta na boleia dos caminhões.
Para encerrar e antes que lhe cortassem o pescoço, o ansioso blogueiro disse que o prefeito Mario Heins começou a administrar os resíduos sólidos de Santa Bárbara no dia em que fundou o primeiro Brizolão.
E saravá.
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Na terra de Vera Cruz
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Rio Claro
Lembram-se dos Bandeirantes que iam buscar ouro em Cuiabá por volta de 1720? Para evitar o cansaço e as doenças da viagem pelo rio Anhembi (Tietê), eles fixaram residência onde hoje são as cidades de Rio Claro, Araraquara, Descalvado.
Após o ano de 1817, começam as novas divisões de sesmarias que são atribuídas para alguns fazendeiros que começam a fabricar açúcar e criar animais, e consequentemente colonizar o local com trabalhadores.
Um desses povoados era o de São João Batista do Ribeirão Claro, que ficava localizado no Ribeirão Claro, onde havia a fazenda de criação que pertencia aos irmãos Pereira, chamado de “Curral dos Pereiras”.
O povoado foi crescendo, uma igreja foi construída, o povoado cresceu ao redor da igreja. São João foi nomeado o padroeiro da região.
A Companhia Paulista de Estrada de Ferro fez ligação de Campinas com Rio Claro em 1876. De 1881 a 1885 a Companhia de Estradas de Ferro do Rio Claro construiu nova ferrovia, desta vez ligando Rio Claro, São Carlos e Araraquara.
Em 1830, São João Batista de Rio Claro tornou-se distrito de Piracicaba, em 1842 distrito de Limeira. Tornou-se vila em 1845 e cidade em 1857. O nome Rio Claro foi fixado em 1905.
Itirapina, Itaqueri da Serra (atual distrito de Itirapina), Ipojuca (atual Ipeúna), Santa Gertrudes, Corumbataí e Analândia, já foram distrito de Rio Claro. Desde 1995, Rio Claro possui os distritos de Ajapi e Assistência.
A cidade conta com uma área de 1498 km² e população de 186.299 habitantes.
Distância de 190km até a capital.
Estive na cidade em abril de 2010 e dia 05 de junho de 2011 _05/06 é o dia mundial do meio ambiente. A cidade é bonita, limpa, plana, o asfalto é bom, cheio de pessoas andando de bicicleta, muitas árvores _ principalmente nas áreas próximas ao prédio da UNESP.
No dia estava havendo um evento do dia do meio ambiente na Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade, onde fica o museu do eucalipto, o único do mundo. O evento a certa altura parecia, segundo comentário de alguém, um “Woodstock Rioclarense”, devido a banda (Skapatife) tocando, a galera sentada na grama, bebendo e curtindo o som. Muito massa!
O lugar é bonito e bem conservado, cheio de trilhas (uma delas possui 9km), e algumas construções antigas, entre elas a casa de Edmundo Navarro.
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Ricardo Filho
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Viajando...
sábado, 4 de junho de 2011
Provocações. Palocci. Bandalheira no Futebol. Edguy.
E quem disse que a TV aberta não tem pelo menos um program que preste?
Tem sim pessoas.
O programa do Silvio Santos é ótimo por exemplo. Ele ri de tudo e de todos como se fosse um nobre ignorante. E todos sabemos que ele de bobo, nem a cara.
Jô Soares também tem um programa bem interessante. Na minha opinião ele manda muito bem no comando das entrevistas.
Outro programa, é o Provocações da TV Cultura, ancorado por Antônio Abujamra. Perguntas capciosas, intrigantes e inteligentes que provocam a quem senta a sua frente. Ele se diz "o provocado", mas ele é o grande provocador. Só o fato de ele ser contra o pensamento único, merece todo meu respeito.
Assista os programas antigos aqui.
Nota número dois.
Palocci foi na Globo ontem falar sobre seu enriquecimento e não falou quem são os clientes dele. O PSDB está quieto... muito estranho. A imprensa está tentando o tempo todo dizer de crise no governo Dilma, como se ela estivesse de conluio com ele ou algo parecido.
Leia no Conversa Afiada, Palocci não foi ilegal. Foi imoral.
Nota número três.
Dia 2 de julho fez 1 ano da eliminação do Brasil para a Holanda na Copa do Mundo =/
Nada melhor que este texto de Mino Carta na Carta Capital para falar um pouco dos representantes (corruptos) do nosso futebol...
Já enxerguei no futebol o ópio do povo brasileiro, embora na adolescência chutasse com gosto não somente a bola, mas também tudo aquilo que se postava diante dos meus pés, inclusive pedras e latas, para desespero dos sapatos e da minha mãe. Que o futebol se prestou e se presta aos jogos da política e favoreceu e favorece o sossego dos herdeiros da casa-grande é inegável. Se Corinthians ou Flamengo ganham, a senzala exulta e esquece seus males.
Hoje a minha visão mudou. Espanta-me a trágica simbiose entre futebol e corrupção. Futebol e interesses torpes. Futebol e dinheiro imundo e exorbitante. Futebol e crime, para ser mais preciso. O fenômeno é mundial antes de ser brasileiro, é extraordinária, porém, a contribuição que alguns nativos ofereceram à metamorfose. João Havelange é primeiro motor, como diria Aristóteles, da transformação comandada do trono da Fifa, é o autor do big-bang.
Foi Havelange quem introduziu e consagrou as manobras, os ardis, as artimanhas pelas quais alguém pode manter o cetro e multiplicar a bandalheira por intermináveis mandatos, e, na hora da aposentadoria, fazer seu sucessor previamente treinado para a tarefa. No caso, o suíço Joseph Blatter. Para ficar em perfeita afinação com este esquema de poder, contamos no Brasil com Ricardo Teixeira, fortalecido pelo apoio do ministro Orlando Silva, com o possível condão de não perceber a diferença entre uma sociedade mafiosa e uma entidade honrada e competente.
O ministro talvez seja cidadão ingênuo. Temo, contudo, que se Totò Riina estivesse no lugar dos atuais próceres (aprendi a palavra ao ler, priscas eras, a Gazeta Esportiva e os monumentais comentários de Thomaz Mazzoni) certamente não faria melhor do que eles. Quero deixar claro que meu tempo de torcedor (do Palmeiras), encerrado ainda na juventude, remonta a uma fase do futebol mais ou menos romântica. Não me sai da memória uma foto que retrata Djalma Santos, finíssimo lateral-direito bicampeão do mundo (58 e 62), a caminhar para o vestiário com as chuteiras debaixo do braço enroladas em papel jornal.
Há motivos de sobra para que o futebol seja encarado como uma transcendência verde-amarela, foi desforra contra qualquer, eventual sentimento de inferioridade e consagração de um estilo único, com a contribuição da fibra longa da musculatura do negro e da quantidade desbordante dos praticantes. O jogador brasileiro foi um extraordinário produto de exportação já em época romântica e é em meio à lavagem atual, com uma pausa sensível nas décadas de 70 e 80.
Não convém iludir-se, no entanto. No Brasil e no mundo, a cartolagem tornou-se dona do futebol, com efeitos lamentáveis do ponto de vista técnico e tático, como sugeriria Mário Moraes, o comentarista- de 40 e mais anos atrás, parceiro de um locutor insuperável, Pedro Luiz, de sobrenome Paoliello. Jogava-se em primeiro- lugar pelo prazer, pela diversão, pelo espetáculo-. Pelo desafio. Hoje, em função da grana imponente, joga-se para ganhar a qualquer custo. Se for necessário, adequa-se o juiz às conveniências contingentes dos donos do poder. O prazer, a diversão, o espetáculo, o desafio, que se moam.
Há súbitas, inesperadas, milagrosas exceções, a atuação incomum de um craque transcendental, ou o Barcelona mágico de Pep Guardiola. A regra, contudo, é outra, e dentro dela, obviamente, é que se pretende organizar a Copa no Brasil no prazo de três escassos anos. Os evidentes atrasos na preparação do evento podem ser corrigidos e são menos determinantes nas preocupações de CartaCapital relativas aos riscos a que o Brasil se expõe.
Quando da vitória de Dilma Rousseff nas eleições do ano passado, não deixamos de fazer referência à má companhia em que se encontraria no momento de ser presidenta de um país campeão do mundo cinco vezes, chamado a organizar uma Copa depois de 62 anos. Renovamos o lembrete no momento em que os desmandos da Fifa de Blatter e dos seus apaniguados mais próximos e mais obedientes vêm à tona, a simbolizar o negócio escuso em que o futebol se tornou.
Não deixo, enfim, de retornar às linhas iniciais, para dizer da minha avassaladora irritação a irromper quando o herdeiro da casa-grande, acostumado a açoitar o herdeiro da senzala ao menos moralmente, esfola as palmas de tanto aplauso ao celebrar o gol do ex-escravo, transformado no gramado, e ali apenas, em herói da brasilidade.
Nota nu\m/ero quatro.
Novo CD do Edguy aeeee \o/
Os alemães do EDGUY lançarão seu novo álbum, "Age Of The Joker", na Europa, em 29 de agosto pela Nuclear Blast Records. O CD foi gravado no estúdio Peppermint Park (SCORPIONS, PHIL COLLINS), em Hannover, que foi descrito anteriormente pelo grupo como "um templo de gravação com uma grande ressonância e tremendamente grande".
01. Robin Hood
02. Nobody's Hero
03. Rock Of Cashel
04. Pandora's Box
05. Breathe
06. Two Out Of Seven
07. Fire On The Downline
08. Behind The Gates To Midnight World
Veja aqui no Whiplash ou no Blabbermouth.
P.S. meu: normalmente não gosto de reproduzir texto dos outros, mas não estou com todo tempo do mundo para escrever textos inteiros.
Tem sim pessoas.
O programa do Silvio Santos é ótimo por exemplo. Ele ri de tudo e de todos como se fosse um nobre ignorante. E todos sabemos que ele de bobo, nem a cara.
Jô Soares também tem um programa bem interessante. Na minha opinião ele manda muito bem no comando das entrevistas.
Outro programa, é o Provocações da TV Cultura, ancorado por Antônio Abujamra. Perguntas capciosas, intrigantes e inteligentes que provocam a quem senta a sua frente. Ele se diz "o provocado", mas ele é o grande provocador. Só o fato de ele ser contra o pensamento único, merece todo meu respeito.
Assista os programas antigos aqui.
Nota número dois.
Palocci foi na Globo ontem falar sobre seu enriquecimento e não falou quem são os clientes dele. O PSDB está quieto... muito estranho. A imprensa está tentando o tempo todo dizer de crise no governo Dilma, como se ela estivesse de conluio com ele ou algo parecido.
Leia no Conversa Afiada, Palocci não foi ilegal. Foi imoral.
Nota número três.
Dia 2 de julho fez 1 ano da eliminação do Brasil para a Holanda na Copa do Mundo =/
Nada melhor que este texto de Mino Carta na Carta Capital para falar um pouco dos representantes (corruptos) do nosso futebol...
O futebol da bandalheira.
Já enxerguei no futebol o ópio do povo brasileiro, embora na adolescência chutasse com gosto não somente a bola, mas também tudo aquilo que se postava diante dos meus pés, inclusive pedras e latas, para desespero dos sapatos e da minha mãe. Que o futebol se prestou e se presta aos jogos da política e favoreceu e favorece o sossego dos herdeiros da casa-grande é inegável. Se Corinthians ou Flamengo ganham, a senzala exulta e esquece seus males.
Hoje a minha visão mudou. Espanta-me a trágica simbiose entre futebol e corrupção. Futebol e interesses torpes. Futebol e dinheiro imundo e exorbitante. Futebol e crime, para ser mais preciso. O fenômeno é mundial antes de ser brasileiro, é extraordinária, porém, a contribuição que alguns nativos ofereceram à metamorfose. João Havelange é primeiro motor, como diria Aristóteles, da transformação comandada do trono da Fifa, é o autor do big-bang.
Foi Havelange quem introduziu e consagrou as manobras, os ardis, as artimanhas pelas quais alguém pode manter o cetro e multiplicar a bandalheira por intermináveis mandatos, e, na hora da aposentadoria, fazer seu sucessor previamente treinado para a tarefa. No caso, o suíço Joseph Blatter. Para ficar em perfeita afinação com este esquema de poder, contamos no Brasil com Ricardo Teixeira, fortalecido pelo apoio do ministro Orlando Silva, com o possível condão de não perceber a diferença entre uma sociedade mafiosa e uma entidade honrada e competente.
O ministro talvez seja cidadão ingênuo. Temo, contudo, que se Totò Riina estivesse no lugar dos atuais próceres (aprendi a palavra ao ler, priscas eras, a Gazeta Esportiva e os monumentais comentários de Thomaz Mazzoni) certamente não faria melhor do que eles. Quero deixar claro que meu tempo de torcedor (do Palmeiras), encerrado ainda na juventude, remonta a uma fase do futebol mais ou menos romântica. Não me sai da memória uma foto que retrata Djalma Santos, finíssimo lateral-direito bicampeão do mundo (58 e 62), a caminhar para o vestiário com as chuteiras debaixo do braço enroladas em papel jornal.
Há motivos de sobra para que o futebol seja encarado como uma transcendência verde-amarela, foi desforra contra qualquer, eventual sentimento de inferioridade e consagração de um estilo único, com a contribuição da fibra longa da musculatura do negro e da quantidade desbordante dos praticantes. O jogador brasileiro foi um extraordinário produto de exportação já em época romântica e é em meio à lavagem atual, com uma pausa sensível nas décadas de 70 e 80.
Não convém iludir-se, no entanto. No Brasil e no mundo, a cartolagem tornou-se dona do futebol, com efeitos lamentáveis do ponto de vista técnico e tático, como sugeriria Mário Moraes, o comentarista- de 40 e mais anos atrás, parceiro de um locutor insuperável, Pedro Luiz, de sobrenome Paoliello. Jogava-se em primeiro- lugar pelo prazer, pela diversão, pelo espetáculo-. Pelo desafio. Hoje, em função da grana imponente, joga-se para ganhar a qualquer custo. Se for necessário, adequa-se o juiz às conveniências contingentes dos donos do poder. O prazer, a diversão, o espetáculo, o desafio, que se moam.
Há súbitas, inesperadas, milagrosas exceções, a atuação incomum de um craque transcendental, ou o Barcelona mágico de Pep Guardiola. A regra, contudo, é outra, e dentro dela, obviamente, é que se pretende organizar a Copa no Brasil no prazo de três escassos anos. Os evidentes atrasos na preparação do evento podem ser corrigidos e são menos determinantes nas preocupações de CartaCapital relativas aos riscos a que o Brasil se expõe.
Quando da vitória de Dilma Rousseff nas eleições do ano passado, não deixamos de fazer referência à má companhia em que se encontraria no momento de ser presidenta de um país campeão do mundo cinco vezes, chamado a organizar uma Copa depois de 62 anos. Renovamos o lembrete no momento em que os desmandos da Fifa de Blatter e dos seus apaniguados mais próximos e mais obedientes vêm à tona, a simbolizar o negócio escuso em que o futebol se tornou.
Não deixo, enfim, de retornar às linhas iniciais, para dizer da minha avassaladora irritação a irromper quando o herdeiro da casa-grande, acostumado a açoitar o herdeiro da senzala ao menos moralmente, esfola as palmas de tanto aplauso ao celebrar o gol do ex-escravo, transformado no gramado, e ali apenas, em herói da brasilidade.
Nota nu\m/ero quatro.
Novo CD do Edguy aeeee \o/
Os alemães do EDGUY lançarão seu novo álbum, "Age Of The Joker", na Europa, em 29 de agosto pela Nuclear Blast Records. O CD foi gravado no estúdio Peppermint Park (SCORPIONS, PHIL COLLINS), em Hannover, que foi descrito anteriormente pelo grupo como "um templo de gravação com uma grande ressonância e tremendamente grande".
01. Robin Hood
02. Nobody's Hero
03. Rock Of Cashel
04. Pandora's Box
05. Breathe
06. Two Out Of Seven
07. Fire On The Downline
08. Behind The Gates To Midnight World
Veja aqui no Whiplash ou no Blabbermouth.
P.S. meu: normalmente não gosto de reproduzir texto dos outros, mas não estou com todo tempo do mundo para escrever textos inteiros.
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