Saiu no Liberal Online
http://www.liberal.com.br/noticia/C35A016E0D7-camara_perdoa_dividas_de_clubes
Câmara perdoa dívidas e isenta clubes de impostos
Em uma única sessão da Câmara, oito clubes recreativos de Americana receberam o perdão de dívidas com a Prefeitura e ao mesmo tempo, a isenção total de impostos municipais. O "pacote de bondades" foi aprovado em regime de urgência especial pelos vereadores da base aliada do prefeito Diego De Nadai (PSDB), que sequer sabiam o valor dos débitos dos clubes com o município.
Foram beneficiados pelo projeto de lei os clubes Iate Clube de Americana, Sociedade Recreativa Dançante Veteranos de Americana, Clube do Bosque, Flamengo Futebol Clube, Rio Branco Esporte Clube, Guarani Futebol Clube, Clube dos Cavaleiros de Americana e Liga Americanense de Futebol.
O projeto foi protocolado na Câmara às 12h15 de ontem e, às 14 horas, já estava nas bancadas dos vereadores para votação. Com a tentativa de disfarçar a concessão de um benefício descarado aos clubes, o projeto também contemplou a Legião da Boa Vontade e entidades religiosas inscritas no município.
O vereador Adelino Leal (PT) ainda questionou a base aliada sobre quais entidades religiosas seriam contempladas. O líder do governo, Luiz Antonio Crivelari (PP), simplesmente respondeu que são "todas elas".
Crivelari justificou que a equipe econômica da Prefeitura ainda faz o levantamento sobre o valor da dívida que atualmente é devida pelos clubes. Ele disse que foram sucessivos recursos e perdas de prazos, ao longo de vários anos de tramitação das dívidas, e que o valor "se perdeu" nos setores da administração. Apesar de não saber o montante do valor perdoado, ele garantiu que a Prefeitura tem condições de arcar com a renúncia de receitas.
Esta não é a primeira vez que o prefeito Diego propõe o perdão de dívidas dos clubes. Em 2009, ele tentou incluir essa proposta no projeto que instituiu o novo Código Tributário. Na ocasião, seis clubes seriam beneficiados com a remissão de um valor total de R$ 2,4 milhões. Após pressão da oposição, o prefeito retirou o projeto que agora foi reapresentado.
O líder da oposição, Celso Zoppi (PT), argumentou que, na época da eleição municipal, ouvia muitos eleitores reclamarem que, se Diego fosse eleito, beneficiaria os clubes. "Sabendo que o Diego ia beneficiar os clubes, a população votou nele. Então isso tem o aval da população", rebateu Crivelari.
"Os 'pobrezinhos' dos clubes tem que ser beneficiados e os otários que pagam os impostos em dia vão continuar sendo objeto de escárnio", argumentou Zoppi. "Eu queria saber quais são os acordos que estão por trás disso. Não posso compactuar com essa baixaria. Os senhores nem sabem o que estão votando. Não tem nada que justifique a remissão dessas dívidas". Crivelari defendeu a necessidade de dar sobrevida a esses clubes, que representam a história da cidade.
A vereadora Divina Bertalia (PDT) apresentou emenda que suprimia do projeto o artigo que tratava da isenção de IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) e ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) para os clubes contemplados no projeto. A emenda foi rejeitada com placar de quatro votos favoráveis, sete contrários e uma abstenção. O projeto será votado em segunda discussão na sessão da próxima semana, na quarta-feira.
Quem votou Sim
Capitão Crivelari - PP
Duzzi - PSDB
Leonora Postinho - PPS
Odair Dias - PV
Oswaldo Nogueira - DEM
Paulo Chocolate - PSC
Thiago Brochi - PSDB
Quem votou Não
Adelino Leal - PT
Celso Zoppi - PT
Divina Bertalia - PDT
Lurdinha Ginetti - PDT
Parabéns Americana por este ato de solidariedade...
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sábado, 18 de junho de 2011
quinta-feira, 16 de junho de 2011
E Dilma realmente assume
Do grande jornalista, Mino Carta, Carta Capital
Dia 8, quarta-feira, leio os jornalões para saber o que pensam a respeito da queda de Antonio Palocci. Meu interesse brota das reações da mídia quando da nomeação de Palocci para a Casa Civil, apontado como articulador político ideal e traço de união entre governo, empresariado e mercado financeiro. De improviso, o prestígio de Palocci sofre alguns abalos com a revelação do seu extraordinário enriquecimento. Mesmo assim, há duas edições Veja ainda via nele o paladino da razão em meio à tresloucada equipe governista.
Resta averiguar a sentença da semanal da Abril depois do fato consumado, por enquanto constato que os jornalões definem posições diversas em relação aos efeitos da demissão. O Estadão, em editorial bem calibrado, enxerga o fortalecimento da presidenta Dilma. A Folha concorda, com menor clareza. O Globo, pelo contrário, proclama em manchete o enfraquecimento do governo. CartaCapital entende que os fados foram generosos com a presidenta ao inspirarem a denúncia da Folha. Com a queda de Palocci, ela afirma a sua autoridade e, como diz a capa desta edição, assume efetivamente a Presidência da República.
Permitam-me citar a mim mesmo. Em um artigo publicado na primeira semana de janeiro, logo após a posse, eu escrevia: “Sabe-se que a composição do governo sofreu, como era natural, a influência de Lula, mas nada impede que a atual formação venha a ser retocada pela mão independente de Dilma”. Logo aventava a hipótese de que Palocci pretendesse contrapor-se a Guido Mantega, e CartaCapital sabe que, nos bastidores, o chefe da Casa Civil se esmerava há tempo em tecer comentários desfavoráveis sobre a atuação do ministro da Fazenda, bem como do presidente do BNDES, Luciano Coutinho.
No artigo divisava ainda outros problemas no caminho da presidenta. Um deles, o chamado Caso Battisti. Outro, a organização do Mundial de 2014, entregue à máfia do futebol. A decisão final do STF em relação a Battisti não deve encerrar o caso. O protesto da Itália em peso não faltará, do Estado, do governo e da opinião pública, e é difícil prever as sequelas. Quanto à Copa, a questão está de pé e descerra riscos para Dilma e para o Brasil, e não aludo ao país das chuteiras, mas ao emergente que dilata prestígio mundo afora.
CartaCapital apoiou a candidatura Dilma para a Presidência desde o começo da campanha eleitoral do ano passado, e não se arrepende, mesmo porque percebeu nela as qualidades indispensáveis a um ótimo desempenho. O Caso Palocci a pôs em xeque e a repentina visita de Lula a Brasília, e as conversas do ex-presidente com as lideranças peemedebistas, a enfraqueceram. A presidenta soube, porém, como reagir e mostrar quem de fato manda, sem deixar de passar por cima do procurador-geral da República. Roberto Gurgel que, ao não abrir a investigação sobre o enriquecimento de Palocci, agiu na convicção de servir ao governo em busca de sua confirmação no cargo. Dilma decretou seu engano.
Ao se afirmar de forma tão peremptória, a presidenta define seu poder, com um grau de independência que até dia 7 de junho aguardava a prova. Outras pedras talvez surjam no seu caminho, mas, ao atuar como se deu nesses dias atribulados, ela terá amplas condições de evitá-las, ou de afastá-las. Por ora, ganha maior alento com a baixa dos índices inflacionários, a bem de todos nós.
Responsabilidade nenhuma lhe cabe pelo deplorável desfecho do Caso Battisti. Durante a campanha eleitoral, a mim, sem meias-palavras, a candidata disse que o ex-terrorista merecia a extradição. A decisão oposta de Lula, tomada nos derradeiros minutos do seu segundo mandato, não se oferece a uma análise fácil, assim como sua defesa in extremis de Antonio Palocci. A decisão definitiva do Supremo exibe a componente de delírio que figura entre as características sombrias do poder nativo, nutridas pela ignorância, pela arrogância, pela prepotência. Ah, sim, pelo provincianismo, a toldar a visão do mundo, até superficial. O STF cometeu uma ofensa ao Direito, à moral e à razão.
CartaCapital já dissertou longamente a respeito de Battisti, e para tanto, contrariamente aos juízes do Supremo, limitara-se a tomar conhecimento da ficha policial de um ladrãozinho da periferia romana, estuprador de uma inválida, preso e condenado quatro vezes antes de aderir a um pequeno grupo terrorista, pateticamente empenhado- em derrubar um Estado Democrático de Direito. Abalo-me a acreditar que Dilma Rousseff sabe de cor e salteado aquilo que a maioria dos ministros do STF pretende ignorar, ou seja, a diferença entre quem arriscou a vida para combater a ditadura e quem pegou em armas, e matou, entre outros, um açougueiro e um joalheiro, com o propósito de enterrar a democracia.
Lula desconsiderou a decisão inicial do STF, que lhe concedia a última palavra com a condição de se ater aos termos do Tratado de Extradição assinado com a Itália em 1998. Agora o próprio Supremo desconsidera aquela decisão, em proveito de um argumento tragicômico: se a Itália não é parte legítima do processo, como sustentaram os nossos juristas, tirante Cezar Peluso, Gilmar Mendes e Ellen Gracie, talvez seja preciso considerar a possibilidade de que o pedido de extradição tenha partido (e de quem mais?) de Deus. Ou não seria do demônio?
Ao cabo, valeu o conceito de que, ao ser devolvido ao cárcere da Península, ali o extraditado correria até risco de vida, tese peculiar defendida pelo procurador Gurgel e endossada por Lula. E pelo advogado–geral da União, Luís Inácio Adams, segundo quem “a exuberância da democracia italiana” permite ilações baseadas em fatos hipotéticos.
Pergunto aos meus botões o que se daria em um país de autêntica democracia e de regime presidencialista se o presidente da República, Obama, digamos, não acatasse a decisão da Corte Suprema. Hipótese impossível, soletram, por ferir o princípio intocável da separação dos Poderes. Já me preparo aos insultos dos fanáticos do Apocalipse, de hábito prontos a lastimar meu sangue italiano, do qual, aliás, muito me orgulho. A cães raivosos disse
em outras ocasiões que eu escolhi o Brasil enquanto não lhes cabe mérito algum por terem nascido aqui. Fique claro que hoje estaria indignado quanto estou neste momento se Battisti fosse, por exemplo, um ex-terrorista do Baader Meinhof.
Não consigo imaginar, de todo modo, que o ex-terrorista italiano fique em liberdade por causa das perorações desconexas do senador Suplicy e de uma escritora francesa de segundo time. Na origem, estão os singulares, insondáveis interesses de uma facção petista, na qual não é árduo registrar a presença de Luiz Eduardo Greenhalgh e do atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Impávido, diz que os italianos vão digerir a afronta “porque são nossos irmãos”. Cardozo e Greenhalgh, aliás, reúnem-se não somente em torno de Battisti, mas também de Daniel Dantas, outro que a Justiça brasileira costuma proteger.
Ao banqueiro Cardozo já prestou relevantes serviços, enquanto Greenhalgh figurava no exército dos advogados do orelhudo. Ainda deputado, Cardozo foi um dos promotores do célebre jantar na casa de Heráclito Fortes entre Dantas e o então ministro Márcio Thomaz Bastos, e acompanhou o banqueiro à Itália para assessorá-lo na tentativa de organizar por lá uma contraofensiva na guerra à Telecom peninsular.
De acordo com meus críticos botões, neste nosso país dos herdeiros da casa-grande e da senzala, permanece intacta a vetusta consigna: aos amigos tudo, aos inimigos a lei.
Dia 8, quarta-feira, leio os jornalões para saber o que pensam a respeito da queda de Antonio Palocci. Meu interesse brota das reações da mídia quando da nomeação de Palocci para a Casa Civil, apontado como articulador político ideal e traço de união entre governo, empresariado e mercado financeiro. De improviso, o prestígio de Palocci sofre alguns abalos com a revelação do seu extraordinário enriquecimento. Mesmo assim, há duas edições Veja ainda via nele o paladino da razão em meio à tresloucada equipe governista.
Resta averiguar a sentença da semanal da Abril depois do fato consumado, por enquanto constato que os jornalões definem posições diversas em relação aos efeitos da demissão. O Estadão, em editorial bem calibrado, enxerga o fortalecimento da presidenta Dilma. A Folha concorda, com menor clareza. O Globo, pelo contrário, proclama em manchete o enfraquecimento do governo. CartaCapital entende que os fados foram generosos com a presidenta ao inspirarem a denúncia da Folha. Com a queda de Palocci, ela afirma a sua autoridade e, como diz a capa desta edição, assume efetivamente a Presidência da República.
Permitam-me citar a mim mesmo. Em um artigo publicado na primeira semana de janeiro, logo após a posse, eu escrevia: “Sabe-se que a composição do governo sofreu, como era natural, a influência de Lula, mas nada impede que a atual formação venha a ser retocada pela mão independente de Dilma”. Logo aventava a hipótese de que Palocci pretendesse contrapor-se a Guido Mantega, e CartaCapital sabe que, nos bastidores, o chefe da Casa Civil se esmerava há tempo em tecer comentários desfavoráveis sobre a atuação do ministro da Fazenda, bem como do presidente do BNDES, Luciano Coutinho.
No artigo divisava ainda outros problemas no caminho da presidenta. Um deles, o chamado Caso Battisti. Outro, a organização do Mundial de 2014, entregue à máfia do futebol. A decisão final do STF em relação a Battisti não deve encerrar o caso. O protesto da Itália em peso não faltará, do Estado, do governo e da opinião pública, e é difícil prever as sequelas. Quanto à Copa, a questão está de pé e descerra riscos para Dilma e para o Brasil, e não aludo ao país das chuteiras, mas ao emergente que dilata prestígio mundo afora.
CartaCapital apoiou a candidatura Dilma para a Presidência desde o começo da campanha eleitoral do ano passado, e não se arrepende, mesmo porque percebeu nela as qualidades indispensáveis a um ótimo desempenho. O Caso Palocci a pôs em xeque e a repentina visita de Lula a Brasília, e as conversas do ex-presidente com as lideranças peemedebistas, a enfraqueceram. A presidenta soube, porém, como reagir e mostrar quem de fato manda, sem deixar de passar por cima do procurador-geral da República. Roberto Gurgel que, ao não abrir a investigação sobre o enriquecimento de Palocci, agiu na convicção de servir ao governo em busca de sua confirmação no cargo. Dilma decretou seu engano.
Ao se afirmar de forma tão peremptória, a presidenta define seu poder, com um grau de independência que até dia 7 de junho aguardava a prova. Outras pedras talvez surjam no seu caminho, mas, ao atuar como se deu nesses dias atribulados, ela terá amplas condições de evitá-las, ou de afastá-las. Por ora, ganha maior alento com a baixa dos índices inflacionários, a bem de todos nós.
Responsabilidade nenhuma lhe cabe pelo deplorável desfecho do Caso Battisti. Durante a campanha eleitoral, a mim, sem meias-palavras, a candidata disse que o ex-terrorista merecia a extradição. A decisão oposta de Lula, tomada nos derradeiros minutos do seu segundo mandato, não se oferece a uma análise fácil, assim como sua defesa in extremis de Antonio Palocci. A decisão definitiva do Supremo exibe a componente de delírio que figura entre as características sombrias do poder nativo, nutridas pela ignorância, pela arrogância, pela prepotência. Ah, sim, pelo provincianismo, a toldar a visão do mundo, até superficial. O STF cometeu uma ofensa ao Direito, à moral e à razão.
CartaCapital já dissertou longamente a respeito de Battisti, e para tanto, contrariamente aos juízes do Supremo, limitara-se a tomar conhecimento da ficha policial de um ladrãozinho da periferia romana, estuprador de uma inválida, preso e condenado quatro vezes antes de aderir a um pequeno grupo terrorista, pateticamente empenhado- em derrubar um Estado Democrático de Direito. Abalo-me a acreditar que Dilma Rousseff sabe de cor e salteado aquilo que a maioria dos ministros do STF pretende ignorar, ou seja, a diferença entre quem arriscou a vida para combater a ditadura e quem pegou em armas, e matou, entre outros, um açougueiro e um joalheiro, com o propósito de enterrar a democracia.
Lula desconsiderou a decisão inicial do STF, que lhe concedia a última palavra com a condição de se ater aos termos do Tratado de Extradição assinado com a Itália em 1998. Agora o próprio Supremo desconsidera aquela decisão, em proveito de um argumento tragicômico: se a Itália não é parte legítima do processo, como sustentaram os nossos juristas, tirante Cezar Peluso, Gilmar Mendes e Ellen Gracie, talvez seja preciso considerar a possibilidade de que o pedido de extradição tenha partido (e de quem mais?) de Deus. Ou não seria do demônio?
Ao cabo, valeu o conceito de que, ao ser devolvido ao cárcere da Península, ali o extraditado correria até risco de vida, tese peculiar defendida pelo procurador Gurgel e endossada por Lula. E pelo advogado–geral da União, Luís Inácio Adams, segundo quem “a exuberância da democracia italiana” permite ilações baseadas em fatos hipotéticos.
Pergunto aos meus botões o que se daria em um país de autêntica democracia e de regime presidencialista se o presidente da República, Obama, digamos, não acatasse a decisão da Corte Suprema. Hipótese impossível, soletram, por ferir o princípio intocável da separação dos Poderes. Já me preparo aos insultos dos fanáticos do Apocalipse, de hábito prontos a lastimar meu sangue italiano, do qual, aliás, muito me orgulho. A cães raivosos disse
em outras ocasiões que eu escolhi o Brasil enquanto não lhes cabe mérito algum por terem nascido aqui. Fique claro que hoje estaria indignado quanto estou neste momento se Battisti fosse, por exemplo, um ex-terrorista do Baader Meinhof.
Não consigo imaginar, de todo modo, que o ex-terrorista italiano fique em liberdade por causa das perorações desconexas do senador Suplicy e de uma escritora francesa de segundo time. Na origem, estão os singulares, insondáveis interesses de uma facção petista, na qual não é árduo registrar a presença de Luiz Eduardo Greenhalgh e do atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Impávido, diz que os italianos vão digerir a afronta “porque são nossos irmãos”. Cardozo e Greenhalgh, aliás, reúnem-se não somente em torno de Battisti, mas também de Daniel Dantas, outro que a Justiça brasileira costuma proteger.
Ao banqueiro Cardozo já prestou relevantes serviços, enquanto Greenhalgh figurava no exército dos advogados do orelhudo. Ainda deputado, Cardozo foi um dos promotores do célebre jantar na casa de Heráclito Fortes entre Dantas e o então ministro Márcio Thomaz Bastos, e acompanhou o banqueiro à Itália para assessorá-lo na tentativa de organizar por lá uma contraofensiva na guerra à Telecom peninsular.
De acordo com meus críticos botões, neste nosso país dos herdeiros da casa-grande e da senzala, permanece intacta a vetusta consigna: aos amigos tudo, aos inimigos a lei.
Adeus Palocci =D
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Ricardo Filho
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Entenda a crise na prefeitura de Campinas
Por Clara Roman, Carta Capital
Em uma sessão marcada por tensão, protestos e tentativas de invasão por manifestantes, a Câmara Municipal de Campinas decidiu pela manutenção do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), conhecido como Dr. Hélio, no cargo, na última quarta-feira 15. Para que o impeachment se efetivasse, seriam necessários dois terços do total de votos, o correpondente a 22 do total de 33 vereadores. No entanto, apenas 16 votaram pela saída dele.
A prefeitura da terceira maior cidade de São Paulo sofre crise política depois que o Ministério Público denunciou um esquema de corrupção envolvendo funcionários do alto escalão da adminitração municipal, incluindo a primeira dama Rosely Nassim Santos, indicada como uma das chefes do esquema.
O documento denuncia um esquema de fraude de licitações envolvendo uma empresa pública de saneamento, a Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento). Segundo relato do Ministério Público, o esquema beneficiava um grupo de empresas que fraudavam licitações através do pagamento de propinas a agentes públicos. Provas coletadas mostram que a corrupção abrangia empreendimentos imobiliários e concessão de alvarás.
Além de Rosely Nassim, chefe de gabinete exonerada depois do início do escândalo, foram apontados como chefes do esquema o vice prefeito Demétrio Vilagra (PT). Até a revogação, ambos encontravam-se foragidos.
Em sua defesa, o prefeito afirmou que as fraudes são exclusivas da empresa e que as operações criminosas são feitas desde 1994. As investigações tiveram início no ano passado, depois da delação premiada do ex-presidente da Sanasa, Luiz Augusto de Aquino, que também esteve envolvido nas ações criminosas, mas não foi indiciado por conta de seu depoimento.
O relatório do Ministério Público aponta que o “o núcleo de corrupção da Sanasa foi instalado no início de 2005, tão logo a senhora Rosely assumiu a chefia de gabinete da Prefeitura de Campinas e arregimentou os demais agentes públicos necessários a seu plano criminoso”. Segundo os promotores, R$ 615 milhões já foram subtraídos dos cofres públicos, principalmente em contratos das áreas de limpeza, segurança e vigilância patrimonial.
Nessa semana, o Tribunal de Justiça de São Paulo revogou o pedido de prisão de Rosely, do vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT) e outros seis mandados expedidos pelo MP, de forma que não há mais nenhum denunciado com prisão preventiva decretada. Além disso, depois de 5 dias preso, o ex-secretário de Segurança Pública, Carlos Henrique Pinto foi solto na quarta-feira 15.
O Ministério Público Estadual, autor das denúncias contra 22 agentes públicos do alto escalão da prefeitura de Campinas, estuda se entrará com recurso contra as revogações.
Na segunda-feira 13, vereadores haviam decidido dar prosseguimento ao processo de impeachment do prefeito. Dr. Hélio reagiu em carta aberta, na qual alegou ser vítima de golpe político. No documento, ele reiterou que não possui participação no esquema de corrupção denunciado pelo MPE há quase um mês. De acordo com Santos, o relatório com o conteúdo das investigações isenta de responsabilidade a figura do prefeito.
Ao todo, 22 pessoas foram formalmente denunciadas pelo Ministério Público por suposto envolvimento no esquema. O Tribunal de Justiça revogou os contratos por considerá-los abusivos.
Segundo publicação do Diário Oficial de São Paulo em 26 de maio, o deputado estadual petista Enio Tatto pediu para que “não se faça uso político desse caso”, apesar de afirmar ser favorável às investigações.
Segundo ele, três vereadores da bancada do PT assinaram o pedido de abertura de CPI para investigar as denúncias em Campinas. Em troca, Tatto pedia que políticos do DEM e PSDB assinassem a CPI dos pedágios. O PDT, partido do Dr. Hélio, é apoiado pelo PT, partido do vice Demetrio Vilagra.
Em uma sessão marcada por tensão, protestos e tentativas de invasão por manifestantes, a Câmara Municipal de Campinas decidiu pela manutenção do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), conhecido como Dr. Hélio, no cargo, na última quarta-feira 15. Para que o impeachment se efetivasse, seriam necessários dois terços do total de votos, o correpondente a 22 do total de 33 vereadores. No entanto, apenas 16 votaram pela saída dele.
A prefeitura da terceira maior cidade de São Paulo sofre crise política depois que o Ministério Público denunciou um esquema de corrupção envolvendo funcionários do alto escalão da adminitração municipal, incluindo a primeira dama Rosely Nassim Santos, indicada como uma das chefes do esquema.
O documento denuncia um esquema de fraude de licitações envolvendo uma empresa pública de saneamento, a Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento). Segundo relato do Ministério Público, o esquema beneficiava um grupo de empresas que fraudavam licitações através do pagamento de propinas a agentes públicos. Provas coletadas mostram que a corrupção abrangia empreendimentos imobiliários e concessão de alvarás.
Além de Rosely Nassim, chefe de gabinete exonerada depois do início do escândalo, foram apontados como chefes do esquema o vice prefeito Demétrio Vilagra (PT). Até a revogação, ambos encontravam-se foragidos.
Em sua defesa, o prefeito afirmou que as fraudes são exclusivas da empresa e que as operações criminosas são feitas desde 1994. As investigações tiveram início no ano passado, depois da delação premiada do ex-presidente da Sanasa, Luiz Augusto de Aquino, que também esteve envolvido nas ações criminosas, mas não foi indiciado por conta de seu depoimento.
O relatório do Ministério Público aponta que o “o núcleo de corrupção da Sanasa foi instalado no início de 2005, tão logo a senhora Rosely assumiu a chefia de gabinete da Prefeitura de Campinas e arregimentou os demais agentes públicos necessários a seu plano criminoso”. Segundo os promotores, R$ 615 milhões já foram subtraídos dos cofres públicos, principalmente em contratos das áreas de limpeza, segurança e vigilância patrimonial.
Nessa semana, o Tribunal de Justiça de São Paulo revogou o pedido de prisão de Rosely, do vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT) e outros seis mandados expedidos pelo MP, de forma que não há mais nenhum denunciado com prisão preventiva decretada. Além disso, depois de 5 dias preso, o ex-secretário de Segurança Pública, Carlos Henrique Pinto foi solto na quarta-feira 15.
O Ministério Público Estadual, autor das denúncias contra 22 agentes públicos do alto escalão da prefeitura de Campinas, estuda se entrará com recurso contra as revogações.
Na segunda-feira 13, vereadores haviam decidido dar prosseguimento ao processo de impeachment do prefeito. Dr. Hélio reagiu em carta aberta, na qual alegou ser vítima de golpe político. No documento, ele reiterou que não possui participação no esquema de corrupção denunciado pelo MPE há quase um mês. De acordo com Santos, o relatório com o conteúdo das investigações isenta de responsabilidade a figura do prefeito.
Ao todo, 22 pessoas foram formalmente denunciadas pelo Ministério Público por suposto envolvimento no esquema. O Tribunal de Justiça revogou os contratos por considerá-los abusivos.
Segundo publicação do Diário Oficial de São Paulo em 26 de maio, o deputado estadual petista Enio Tatto pediu para que “não se faça uso político desse caso”, apesar de afirmar ser favorável às investigações.
Segundo ele, três vereadores da bancada do PT assinaram o pedido de abertura de CPI para investigar as denúncias em Campinas. Em troca, Tatto pedia que políticos do DEM e PSDB assinassem a CPI dos pedágios. O PDT, partido do Dr. Hélio, é apoiado pelo PT, partido do vice Demetrio Vilagra.
nb: que coisa feia em Campinas...
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Ricardo Filho
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quarta-feira, 8 de junho de 2011
O verdentreguismo é uma forma de resíduo sólido
Texto do Coversa Afiada de Paulo Henrique Amorim.
O verdentreguismo é uma forma de resíduo sólido.
Este ansioso blogueiro foi convidado para falar num painel sobre o Plano Nacional de Resíduos Sólidos para prefeitos e vereadores da região administrativa de Campinas, São Paulo.
O anfitrião foi o brizolista Mario Heins, prefeito de Santa Bárbara d’Oeste, que em dois anos de governo construiu seis Brizolões, onde estudam em tempo integral três mil crianças (oh, Darcy, onde estás ?).
Esta segunda-feira celebrou o Dia Mundial do Meio Ambiente.
E acaba de entrar em vigor o Plano de Resíduos Sólidos, que dá aos prefeitos brasileiros o prazo até 2014 para acabar com todos os lixões do País.
Jamais haverá outro Morro do Bumba se a lei sancionada pelo Nunca Dantes colar.
O ansioso blogueiro ficou um pouco apreensivo com as palestras que o antecederam.
Sentiu no ar os eflúvios de um certo derrotismo, a predominância de certa Urubologia, um complexo de vira-lata, como se o Brasil fosse o que o PiG (*) acha que é: um imenso lixão (fora de São Paulo, claro).
Jogou no lixo o resíduo sólido que levava na bolsa e disse de improviso mais ou menos o seguinte.
Um repórter me procurou ao entrar neste Painel para saber o que eu pensava nesta hora em que o meio ambiente pede socorro.
Imaginei estar diante de um apresentador do Bom (?) Dia Brasil.
E respondi com a elegância que os amigos navegantes conhecem – só se pede socorro fora do Brasil, porque aqui é onde mais se respeita o meio ambiente.
E lá foi ele, sempre muito elegante, o ansioso blogueiro a explicar que não gosta quando tratam do meio ambiente como um capítulo autônomo, à parte da realidade social.
Como se a causa verdentreguista iluminasse os poucos iluminados que conheceram a Verdade !
Como se o meio ambiente ficasse fora do mundo real, das coisas do dia a dia, da realidade.
Para começar: nenhum país do mundo tem Código Florestal, fora a Austrália: e o Brasil, é claro !
Nos estados do Sul dos Estados Unidos, de onde saíram muitos Confederados foragidos para a região de Americana e Santa Bárbara, as margens do rio Mississipi foram destruídas pela cultura do algodão.
E mandam para cá ongueiros verdentreguistas …
O Bill Clinton esteve aqui semana passada e elogiou o etanol de cana, renovável.
Claro.
No estado dele, o Arkansas, não há um centímetro quadrado de mata nativa: foi tudo derruído pelos abatedouros de frango, que fornecem para a Purdue (que, a propósito, sempre financiou o político Bill Clinton).
Aqui, a gente protege 80% da floresta amazônica.
E não deixa plantar a 30 metros da beira de um rio – de qualquer largura.
Deus beijou a testa desse povo – e o ansioso blogueiro invocou testemunho de um padre ambientalista ali presente.
Porque Deus deu água ao Brasil.
E o Brasil tem a matriz energética mais limpa do mundo !
O ansioso blogueiro deu vivas a Santo Antonio, Jirau e Belo Monte, e fez comovida homenagem à Bláblarina.
Confessou que foi às lagrimas quando a ouviu defender a cópula dos bagres e imaginou que seria possível impedir a construção de Santo Antonio e Jirau.
(O ansioso blogueiro não sabe avaliar a reação de plateia – de deboche ou profunda irritação).
O ansioso blogueiro considerou que semana passada o Governo da JK de saias, ainda que bloqueado por uma imensa bola de colesterol, deu um importante passo na direção da defesa do meio ambiente e da adequada administração dos resíduos sólidos.
Lançou o plano “Brasil sem Miséria”.
Ao tirar dezesseis milhões de brasileiros da miséria, o Brasil terá menos catadores de papel; mais crianças na escola; mais instrução e educação, e, portanto, mais discernimento na hora de jogar lixo fora.
Será um desafio um prefeito acabar com o lixão até 2014 ?
Sim, mas nada que se compare ao que fez a indústria naval brasileira, que, em oito anos, transformou ruas de mato e capim em estaleiros monumentais que produzem – inteira – uma plataforma de petróleo como a P-56 -, batizada de Luiza Erundina , em cerimônia comovente em Angra dos Reis.
O Governo Fernando Henrique quebrou a indústria naval deste País.
E agora a JK de saias vai instalar uma indústria de navi-peças, porque, segundo ela, o Brasil tem política industrial porque pode e, quando não sabe produzir, aprende.
O ansioso blogueiro mencionou outro batismo realizado nesta segunda-feira.
Aquele que reuniu a Cosan e a Shell.
A Cosan é brasileira e é a maior produtora de etanol de cana do mundo.
A Shell é inglesa e holandesa e uma das maiores produtoras de petróleo do mundo.
As duas se uniram para criar a Raízen.
E em que vai investir a Raízen, amigo navegante ?
Na pesquisa do etanol de terceira geração, extraído da celulose da cana, mais produtivo e ainda menos poluente.
Se o Brasil ainda não sabe jogar lixo fora, vai aprender.
E continuar limpo.
O ansioso blogueiro ousou sugerir a uma diligente e aplicada promotora de Justiça e curadora do meio ambiente na cidade, que mudasse o primeiro slide de seu power point.
Ela mostra uma cena bucólica, com neve e pinheiros, talvez numa fralda das Rochosas, no noroeste americano .
O ansioso blogueiro sugeriu que ela trocasse por uma foto da avenida das palmeiras imperiais no Jardim Botânico no Rio.
O mais deslumbrante símbolo da proteção ao meio ambiente que meus antepassados portugueses legaram ao Rio e ao Brasil, até hoje.
De mais a mais, aquela foto da promotora deve ser muito antiga.
Porque quando era repórter do Fantástico, ele foi à floresta do Pacífico Noroeste e viu muitos pinheiros.
Muitos.
Deitados em linha reta na boleia dos caminhões.
Para encerrar e antes que lhe cortassem o pescoço, o ansioso blogueiro disse que o prefeito Mario Heins começou a administrar os resíduos sólidos de Santa Bárbara no dia em que fundou o primeiro Brizolão.
E saravá.
O verdentreguismo é uma forma de resíduo sólido.
Este ansioso blogueiro foi convidado para falar num painel sobre o Plano Nacional de Resíduos Sólidos para prefeitos e vereadores da região administrativa de Campinas, São Paulo.
O anfitrião foi o brizolista Mario Heins, prefeito de Santa Bárbara d’Oeste, que em dois anos de governo construiu seis Brizolões, onde estudam em tempo integral três mil crianças (oh, Darcy, onde estás ?).
Esta segunda-feira celebrou o Dia Mundial do Meio Ambiente.
E acaba de entrar em vigor o Plano de Resíduos Sólidos, que dá aos prefeitos brasileiros o prazo até 2014 para acabar com todos os lixões do País.
Jamais haverá outro Morro do Bumba se a lei sancionada pelo Nunca Dantes colar.
O ansioso blogueiro ficou um pouco apreensivo com as palestras que o antecederam.
Sentiu no ar os eflúvios de um certo derrotismo, a predominância de certa Urubologia, um complexo de vira-lata, como se o Brasil fosse o que o PiG (*) acha que é: um imenso lixão (fora de São Paulo, claro).
Jogou no lixo o resíduo sólido que levava na bolsa e disse de improviso mais ou menos o seguinte.
Um repórter me procurou ao entrar neste Painel para saber o que eu pensava nesta hora em que o meio ambiente pede socorro.
Imaginei estar diante de um apresentador do Bom (?) Dia Brasil.
E respondi com a elegância que os amigos navegantes conhecem – só se pede socorro fora do Brasil, porque aqui é onde mais se respeita o meio ambiente.
E lá foi ele, sempre muito elegante, o ansioso blogueiro a explicar que não gosta quando tratam do meio ambiente como um capítulo autônomo, à parte da realidade social.
Como se a causa verdentreguista iluminasse os poucos iluminados que conheceram a Verdade !
Como se o meio ambiente ficasse fora do mundo real, das coisas do dia a dia, da realidade.
Para começar: nenhum país do mundo tem Código Florestal, fora a Austrália: e o Brasil, é claro !
Nos estados do Sul dos Estados Unidos, de onde saíram muitos Confederados foragidos para a região de Americana e Santa Bárbara, as margens do rio Mississipi foram destruídas pela cultura do algodão.
E mandam para cá ongueiros verdentreguistas …
O Bill Clinton esteve aqui semana passada e elogiou o etanol de cana, renovável.
Claro.
No estado dele, o Arkansas, não há um centímetro quadrado de mata nativa: foi tudo derruído pelos abatedouros de frango, que fornecem para a Purdue (que, a propósito, sempre financiou o político Bill Clinton).
Aqui, a gente protege 80% da floresta amazônica.
E não deixa plantar a 30 metros da beira de um rio – de qualquer largura.
Deus beijou a testa desse povo – e o ansioso blogueiro invocou testemunho de um padre ambientalista ali presente.
Porque Deus deu água ao Brasil.
E o Brasil tem a matriz energética mais limpa do mundo !
O ansioso blogueiro deu vivas a Santo Antonio, Jirau e Belo Monte, e fez comovida homenagem à Bláblarina.
Confessou que foi às lagrimas quando a ouviu defender a cópula dos bagres e imaginou que seria possível impedir a construção de Santo Antonio e Jirau.
(O ansioso blogueiro não sabe avaliar a reação de plateia – de deboche ou profunda irritação).
O ansioso blogueiro considerou que semana passada o Governo da JK de saias, ainda que bloqueado por uma imensa bola de colesterol, deu um importante passo na direção da defesa do meio ambiente e da adequada administração dos resíduos sólidos.
Lançou o plano “Brasil sem Miséria”.
Ao tirar dezesseis milhões de brasileiros da miséria, o Brasil terá menos catadores de papel; mais crianças na escola; mais instrução e educação, e, portanto, mais discernimento na hora de jogar lixo fora.
Será um desafio um prefeito acabar com o lixão até 2014 ?
Sim, mas nada que se compare ao que fez a indústria naval brasileira, que, em oito anos, transformou ruas de mato e capim em estaleiros monumentais que produzem – inteira – uma plataforma de petróleo como a P-56 -, batizada de Luiza Erundina , em cerimônia comovente em Angra dos Reis.
O Governo Fernando Henrique quebrou a indústria naval deste País.
E agora a JK de saias vai instalar uma indústria de navi-peças, porque, segundo ela, o Brasil tem política industrial porque pode e, quando não sabe produzir, aprende.
O ansioso blogueiro mencionou outro batismo realizado nesta segunda-feira.
Aquele que reuniu a Cosan e a Shell.
A Cosan é brasileira e é a maior produtora de etanol de cana do mundo.
A Shell é inglesa e holandesa e uma das maiores produtoras de petróleo do mundo.
As duas se uniram para criar a Raízen.
E em que vai investir a Raízen, amigo navegante ?
Na pesquisa do etanol de terceira geração, extraído da celulose da cana, mais produtivo e ainda menos poluente.
Se o Brasil ainda não sabe jogar lixo fora, vai aprender.
E continuar limpo.
O ansioso blogueiro ousou sugerir a uma diligente e aplicada promotora de Justiça e curadora do meio ambiente na cidade, que mudasse o primeiro slide de seu power point.
Ela mostra uma cena bucólica, com neve e pinheiros, talvez numa fralda das Rochosas, no noroeste americano .
O ansioso blogueiro sugeriu que ela trocasse por uma foto da avenida das palmeiras imperiais no Jardim Botânico no Rio.
O mais deslumbrante símbolo da proteção ao meio ambiente que meus antepassados portugueses legaram ao Rio e ao Brasil, até hoje.
De mais a mais, aquela foto da promotora deve ser muito antiga.
Porque quando era repórter do Fantástico, ele foi à floresta do Pacífico Noroeste e viu muitos pinheiros.
Muitos.
Deitados em linha reta na boleia dos caminhões.
Para encerrar e antes que lhe cortassem o pescoço, o ansioso blogueiro disse que o prefeito Mario Heins começou a administrar os resíduos sólidos de Santa Bárbara no dia em que fundou o primeiro Brizolão.
E saravá.
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quinta-feira, 14 de abril de 2011
Belo Monte
No dia 12/04 recebi um e-mail do Avaaz com o assunto: 4 dias para parar Belo Monte. O e-mail é este aqui.
No mesmo dia discuti o assunto pelo twitter e isso me fez buscar algumas informações a mais, e também elaborar este post.
Nesta discussão, a pessoa defendia que a construção da usina poderia causar danos a natureza (fauna, flora), e consequentemente aos índios que vivem naquela área, além de algumas comunidades _ que teriam que ser retiradas. Citou que a OEA e várias instituições nacionais são contra a construção.
Neste último argumento há uma pequena falácia. Não é porque um monte de instituição diz que o projeto vai destruir a natureza que valida a informação e nem o contrário.
Assim como talvez tenha havido algum equívoco, ou exagero, da minha parte de dizer que tem muita gente contra a construção de Belo Monte pois não querem o progresso norte - nordeste.
Tem gente contra ? Tem.
Mas não posso dizer se a quantidade é tão considerável assim que deva ser levada em consideração.
Ainda citei uma possível conspiração financiada por interesses de outros países (leia-se: Tio Sam), que são contra o crescimento do país (de qualquer país), e ainda o querem como uma colônia. Assim como o tucanato entreguista também quer.
Um aparte: Seria patético qualquer tipo de opinião por parte dos "States" fosse levada em consideração neste caso - EUA faz parte da OEA - uma vez que eles não assinaram o protocolo de Kyoto.
Claro que o ato de assinar o protocolo não quer dizer que todos se comprometerão a cumprir as metas _ pode ter sido só uma estratégia de marketing.
E outra coisa, o maior ofensor do efeito estufa é o metano, a pecuária (arroto, peido e merda de bovino) prejudica mais do que fumaça de carro. Mas será que alguém tem coragem de peitar a pecuária ?
Continuando: Independentemente das questões políticas que permeiam a discussão, o cerne é a questão ecológica.
Progresso versus meio ambiente.
Não sou especialista em meio ambiente, tudo que tenho são estudos dos dois lados. A galera pró Belo Monte diz que não há riscos, a galera Contra Belo Monte diz que só há riscos.
Quanta falta de atenção a minha. Falo do assunto até agora, todo empolgado, e me esqueço que talvez haja quem não saiba exatamente do que estou a falar.
Belo Monte é um projeto do governo para construção de uma usina hidrelétrica, que será instalada no estado do Pará, em um trecho de 100km do rio Xingu _ que atravessa o estado do Mato Grosso e corta o Pará até desembocar no rio Amazona.
Foi planejada para gerar no pico cerca de 11 mil MW e como energia firme, média, cerca de 4mil MW. O reservatório _ área alagada _ será de 516 km² (área menor que a cidade de Campinas-SP).
A obra esta prevista para começar em 2015, e tem custo estimado em R$19 bilhões.
Será a terceira maior usina do mundo, atrás de Três Gargantas na China e Itaipu Brasil-Paraguai.
Aqui no How Stuff Works Brasil mostra Como Funciona uma Usina Hidrelétrica.
Veja a área e as cidades próximas no google maps.
Pretendo criar mais dois posts, um falando do movimento de quem é favorável e outro do movimento dos que são contra. Aguardem meus escassos leitores!
Umarmung []s.
No mesmo dia discuti o assunto pelo twitter e isso me fez buscar algumas informações a mais, e também elaborar este post.
Nesta discussão, a pessoa defendia que a construção da usina poderia causar danos a natureza (fauna, flora), e consequentemente aos índios que vivem naquela área, além de algumas comunidades _ que teriam que ser retiradas. Citou que a OEA e várias instituições nacionais são contra a construção.
Neste último argumento há uma pequena falácia. Não é porque um monte de instituição diz que o projeto vai destruir a natureza que valida a informação e nem o contrário.
Assim como talvez tenha havido algum equívoco, ou exagero, da minha parte de dizer que tem muita gente contra a construção de Belo Monte pois não querem o progresso norte - nordeste.
Tem gente contra ? Tem.
Mas não posso dizer se a quantidade é tão considerável assim que deva ser levada em consideração.
Ainda citei uma possível conspiração financiada por interesses de outros países (leia-se: Tio Sam), que são contra o crescimento do país (de qualquer país), e ainda o querem como uma colônia. Assim como o tucanato entreguista também quer.
Um aparte: Seria patético qualquer tipo de opinião por parte dos "States" fosse levada em consideração neste caso - EUA faz parte da OEA - uma vez que eles não assinaram o protocolo de Kyoto.
Claro que o ato de assinar o protocolo não quer dizer que todos se comprometerão a cumprir as metas _ pode ter sido só uma estratégia de marketing.
E outra coisa, o maior ofensor do efeito estufa é o metano, a pecuária (arroto, peido e merda de bovino) prejudica mais do que fumaça de carro. Mas será que alguém tem coragem de peitar a pecuária ?
Continuando: Independentemente das questões políticas que permeiam a discussão, o cerne é a questão ecológica.
Progresso versus meio ambiente.
Não sou especialista em meio ambiente, tudo que tenho são estudos dos dois lados. A galera pró Belo Monte diz que não há riscos, a galera Contra Belo Monte diz que só há riscos.
Belo Monte ?!
Quanta falta de atenção a minha. Falo do assunto até agora, todo empolgado, e me esqueço que talvez haja quem não saiba exatamente do que estou a falar.
Belo Monte é um projeto do governo para construção de uma usina hidrelétrica, que será instalada no estado do Pará, em um trecho de 100km do rio Xingu _ que atravessa o estado do Mato Grosso e corta o Pará até desembocar no rio Amazona.
Foi planejada para gerar no pico cerca de 11 mil MW e como energia firme, média, cerca de 4mil MW. O reservatório _ área alagada _ será de 516 km² (área menor que a cidade de Campinas-SP).
A obra esta prevista para começar em 2015, e tem custo estimado em R$19 bilhões.
Será a terceira maior usina do mundo, atrás de Três Gargantas na China e Itaipu Brasil-Paraguai.
Aqui no How Stuff Works Brasil mostra Como Funciona uma Usina Hidrelétrica.
Veja a área e as cidades próximas no google maps.
Pretendo criar mais dois posts, um falando do movimento de quem é favorável e outro do movimento dos que são contra. Aguardem meus escassos leitores!
Umarmung []s.
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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Parlamentares aumentam o próprio salário
Reproduzindo post do site do UOL
Nesta quarta-feira (15), o Congresso aprovou aumento de 61,7% nos salários de parlamentares, presidente, vice e ministros de Estado. A partir de 1º de fevereiro de 2011, eles receberão R$ 26,7 mil por mês, como os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
Nas duas Casas, a votação foi simbólica, ou seja, do tipo em que o congressista não declara seu voto. Mas na Câmara, foram 279 votos favoráveis, 35 contra e 3 abstenções para a aprovação do regime de urgência, que abriu caminho para que o texto fosse aprovado. No Senado, apenas Marina Silva (PV-AC) se manifestou contra no momento da decisão. Alvaro Dias (PSDB-PR) e José Nery o fizeram apenas depois.
Veja lista dos políticos que apoiaram a votação do aumento de salário
Nesta quarta-feira (15), o Congresso aprovou aumento de 61,7% nos salários de parlamentares, presidente, vice e ministros de Estado. A partir de 1º de fevereiro de 2011, eles receberão R$ 26,7 mil por mês, como os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
Nas duas Casas, a votação foi simbólica, ou seja, do tipo em que o congressista não declara seu voto. Mas na Câmara, foram 279 votos favoráveis, 35 contra e 3 abstenções para a aprovação do regime de urgência, que abriu caminho para que o texto fosse aprovado. No Senado, apenas Marina Silva (PV-AC) se manifestou contra no momento da decisão. Alvaro Dias (PSDB-PR) e José Nery o fizeram apenas depois.
Veja como votaram os candidatos sobre a proposta de aumento de salário
Parlamentar | Estado | Voto |
DEM | ||
Alberto Fraga | DF | Sim |
Alceni Guerra | PR | Sim |
Antonio Carlos Magalhães Neto | BA | Sim |
Cassio Taniguchi | PR | Sim |
Claudio Cajado | BA | Sim |
Fábio Souto | BA | Sim |
Félix Mendonça | BA | Sim |
Francisco Rodrigues | RR | Sim |
Germano Bonow | RS | Sim |
Guilherme Campos | SP | Sim |
Indio da Costa | RJ | Sim |
Jairo Ataide | MG | Sim |
João Oliveira | TO | Sim |
Jorge Khoury | BA | Sim |
Jorginho Maluly | SP | Sim |
José Carlos Aleluia | BA | Sim |
José Carlos Machado | SE | Sim |
José Maia Filho | PI | Sim |
José Mendonça Bezerra | PE | Sim |
Júlio Cesar | PI | Sim |
Lael Varella | MG | Sim |
Lira Maia | PA | Sim |
Luiz Carlos Setim | PR | Sim |
Major Fábio | PB | Não |
Marcio Junqueira | RR | Sim |
Marcos Montes | MG | Sim |
Milton Vieira | SP | Sim |
Paulo Magalhães | BA | Sim |
Pedro Valadares | SE | Sim |
Rodrigo Maia | RJ | Sim |
Solange Amaral | RJ | Sim |
Vitor Penido | MG | Sim |
Walter Ihoshi | SP | Sim |
Total DEM: 33 | ||
PCdoB | ||
Aldo Rebelo | SP | Sim |
Alice Portugal | BA | Sim |
Daniel Almeida | BA | Sim |
Edmilson Valentim | RJ | Sim |
Evandro Milhomen | AP | Sim |
Jô Moraes | MG | Sim |
Osmar Júnior | PI | Sim |
Total PCdoB: 7 | ||
PDT | ||
Ademir Camilo | MG | Sim |
Dagoberto | MS | Sim |
Fernando Chiarelli | SP | Não |
Giovanni Queiroz | PA | Sim |
João Dado | SP | Sim |
José Carlos Araújo | BA | Sim |
Julião Amin | MA | Sim |
Manato | ES | Sim |
Marcos Medrado | BA | Sim |
Mário Heringer | MG | Sim |
Paulo Pereira da Silva | SP | Sim |
Pompeo de Mattos | RS | Sim |
Sebastião Bala Rocha | AP | Sim |
Sueli Vidigal | ES | Não |
Vieira da Cunha | RS | Sim |
Wilson Picler | PR | Sim |
Wolney Queiroz | PE | Sim |
Total PDT: 17 | ||
PHS | ||
Miguel Martini | MG | Sim |
Uldurico Pinto | BA | Sim |
Total PHS: 2 | ||
PMDB | ||
Alexandre Santos | RJ | Sim |
Aníbal Gomes | CE | Sim |
Ann Pontes | PA | Sim |
Antônio Andrade | MG | Sim |
Asdrubal Bentes | PA | Sim |
Átila Lins | AM | Sim |
Bel Mesquita | PA | Sim |
Bernardo Ariston | RJ | Sim |
Camilo Cola | ES | Sim |
Carlos Bezerra | MT | Sim |
Celso Maldaner | SC | Sim |
Colbert Martins | BA | Sim |
Darcísio Perondi | RS | Sim |
Edio Lopes | RR | Sim |
Edson Ezequiel | RJ | Sim |
Eduardo Cunha | RJ | Sim |
Elcione Barbalho | PA | Sim |
Flaviano Melo | AC | Sim |
Francisco Rossi | SP | Sim |
Gastão Vieira | MA | Sim |
Geraldo Resende | MS | Sim |
Henrique Eduardo Alves | RN | Sim |
João Magalhães | MG | Sim |
João Matos | SC | Sim |
Joaquim Beltrão | AL | Sim |
Jurandil Juarez | AP | Sim |
Lelo Coimbra | ES | Não |
Leonardo Quintão | MG | Sim |
Luiz Bittencourt | GO | Sim |
Manoel Junior | PB | Sim |
Marçal Filho | MS | Sim |
Marcelo Almeida | PR | Não |
Marcelo Castro | PI | Sim |
Marcelo Melo | GO | Sim |
Marcos Lima | MG | Sim |
Maria Lúcia Cardoso | MG | Sim |
Mauro Lopes | MG | Sim |
Mauro Mariani | SC | Sim |
Mendes Ribeiro Filho | RS | Sim |
Moacir Micheletto | PR | Sim |
Moises Avelino | TO | Sim |
Nelson Bornier | RJ | Sim |
Nelson Trad | MS | Sim |
Odílio Balbinotti | PR | Sim |
Osmar Terra | RS | Sim |
Osmar Serraglio | PR | Sim |
Paulo Henrique Lustosa | CE | Sim |
Paulo Piau | MG | Sim |
Paulo Rattes | RJ | Sim |
Pedro Novais | MA | Sim |
Professor Setimo | MA | Sim |
Raul Henry | PE | Sim |
Reinhold Stephanes | PR | Não |
Rodrigo Rocha Loures | PR | Sim |
Severiano Alves | BA | Sim |
Silas Brasileiro | MG | Sim |
Solange Almeida | RJ | Sim |
Tadeu Filippelli | DF | Sim |
Valdir Colatto | SC | Sim |
Veloso | BA | Sim |
Vital do Rêgo Filho | PB | Sim |
Waldemir Moka | MS | Sim |
Wilson Braga | PB | Sim |
Wladimir Costa | PA | Sim |
Zé Gerardo | CE | Sim |
Total PMDB: 65 | ||
PMN | ||
Francisco Tenorio | AL | Sim |
Sergio Petecão | AC | Sim |
Total PMN: 2 | ||
PP | ||
Angela Amin | SC | Sim |
Antonio Cruz | MS | Sim |
Benedito de Lira | AL | Sim |
Beto Mansur | SP | Sim |
Celso Russomanno | SP | Sim |
Ciro Nogueira | PI | Sim |
Dilceu Sperafico | PR | Sim |
Dr. Nechar | SP | Sim |
Eduardo da Fonte | PE | Sim |
Eliene Lima | MT | Sim |
Eugênio Rabelo | CE | Sim |
Gerson Peres | PA | Sim |
Jair Bolsonaro | RJ | Sim |
João Leão | BA | Sim |
José Otávio Germano | RS | Sim |
Lázaro Botelho | TO | Sim |
Luis Carlos Heinze | RS | Sim |
Luiz Fernando Faria | MG | Sim |
Márcio Reinaldo Moreira | MG | Sim |
Mário Negromonte | BA | Sim |
Nelson Meurer | PR | Sim |
Rebecca Garcia | AM | Sim |
Renato Molling | RS | Sim |
Ricardo Barros | PR | Sim |
Roberto Balestra | GO | Sim |
Roberto Britto | BA | Sim |
Simão Sessim | RJ | Sim |
Vilson Covatti | RS | Sim |
Waldir Maranhão | MA | Sim |
Zonta | SC | Sim |
Total PP: 30 | ||
PPS | ||
Alexandre Silveira | MG | Sim |
Arnaldo Jardim | SP | Sim |
Augusto Carvalho | DF | Não |
Cezar Silvestri | PR | Sim |
Humberto Souto | MG | Sim |
Moreira Mendes | RO | Sim |
Raul Jungmann | PE | Não |
William Woo | SP | Sim |
Total PPS: 8 | ||
PR | ||
Aelton Freitas | MG | Sim |
Aracely de Paula | MG | Sim |
Bilac Pinto | MG | Sim |
Davi Alves Silva Júnior | MA | Sim |
Dr. Adilson Soares | RJ | Sim |
Dr. Paulo César | RJ | Sim |
Edmar Moreira | MG | Sim |
Geraldo Pudim | RJ | Sim |
Homero Pereira | MT | Sim |
Inocêncio Oliveira | PE | Art. 17 (presidia a sessão; sem voto) |
João Carlos Bacelar | BA | Sim |
Jofran Frejat | DF | Sim |
José Rocha | BA | Sim |
José Santana de Vasconcellos | MG | Sim |
Luciano Castro | RR | Sim |
Lúcio Vale | PA | Sim |
Maurício Quintella Lessa | AL | Sim |
Maurício Trindade | BA | Sim |
Milton Monti | SP | Sim |
NIlmar Ruiz | TO | Sim |
Wellington Fagundes | MT | Sim |
Wellington Roberto | PB | Sim |
Zé Vieira | MA | Sim |
Total PR: 23 | ||
PRB | ||
Antonio Bulhões | SP | Sim |
Flávio Bezerra | CE | Sim |
Léo Vivas | RJ | Sim |
Márcio Marinho | BA | Sim |
Total PRB: 4 | ||
PSB | ||
Abelardo Camarinha | SP | Sim |
Ana Arraes | PE | Sim |
Ariosto Holanda | CE | Sim |
Átila Lira | PI | Sim |
Capitão Assumção | ES | Não |
Dr. Ubiali | SP | Sim |
Fernando Coelho Filho | PE | Sim |
Givaldo Carimbão | AL | Sim |
Gonzaga Patriota | PE | Sim |
Janete Capiberibe | AP | Sim |
Júlio Delgado | MG | Sim |
Laurez Moreira | TO | Sim |
Luiza Erundina | SP | Não |
Maria Helena | RR | Sim |
Mauro Nazif | RO | Não |
Ribamar Alves | MA | Sim |
Valadares Filho | SE | Sim |
Valtenir Pereira | MT | Sim |
Total PSB: 18 | ||
PSC | ||
Agnaldo Muniz | RO | Abstenção |
Carlos Eduardo Cadoca | PE | Sim |
Filipe Pereira | RJ | Sim |
Hugo Leal | RJ | Sim |
Jurandy Loureiro | ES | Sim |
Marcondes Gadelha | PB | Sim |
Ratinho Junior | PR | Sim |
Regis de Oliveira | SP | Não |
Sérgio Brito | BA | Sim |
Silas Câmara | AM | Sim |
Takayama | PR | Não |
Total PSC: 11 | ||
PSDB | ||
Alfredo Kaefer | PR | Não |
Antonio Carlos Pannunzio | SP | Sim |
Bruno Rodrigues | PE | Sim |
Carlos Alberto Leréia | GO | Sim |
Carlos Sampaio | SP | Sim |
Cláudio Diaz | RS | Sim |
Edson Aparecido | SP | Sim |
Eduardo Barbosa | MG | Sim |
Eduardo Gomes | TO | Sim |
Emanuel Fernandes | SP | Não |
Gustavo Fruet | PR | Não |
José C Stangarlini | SP | Não |
Lobbe Neto | SP | Sim |
Luiz Carlos Hauly | PR | Sim |
Narcio Rodrigues | MG | Sim |
Paulo Abi-Ackel | MG | Sim |
Paulo Bauer | SC | Sim |
Pinto Itamaraty | MA | Sim |
Professora Raquel Teixeira | GO | Sim |
Renato Amary | SP | Sim |
Ricardo Tripoli | SP | Sim |
Rita Camata | ES | Sim |
Rogério Marinho | RN | Sim |
Rômulo Gouveia | PB | Sim |
Silvio Lopes | RJ | Abstenção |
Thelma de Oliveira | MT | Sim |
Vanderlei Macris | SP | Sim |
Zenaldo Coutinho | PA | Sim |
Total PSDB: 28 | ||
PSOL | ||
Chico Alencar | RJ | Não |
Ivan Valente | SP | Não |
Luciana Genro | RS | Não |
Total PSOL: 3 | ||
PT | ||
Andre Vargas | PR | Sim |
Angela Portela | RR | Sim |
Angelo Vanhoni | PR | Sim |
Antônio Carlos Biffi | MS | Sim |
Antonio Carlos Biscaia | RJ | Sim |
Assis do Couto | PR | Não |
Beto Faro | PA | Sim |
Carlos Abicalil | MT | Sim |
Carlos Santana | RJ | Sim |
Carlos Zarattini | SP | Sim |
Cida Diogo | RJ | Não |
Décio Lima | SC | Não |
Devanir Ribeiro | SP | Sim |
Eduardo Valverde | RO | Não |
Emilia Fernandes | RS | Abstenção |
Fernando Ferro | PE | Sim |
Fernando Marroni | RS | Sim |
Geraldo Simões | BA | Sim |
Gilmar Machado | MG | Sim |
Iran Barbosa | SE | Não |
Jilmar Tatto | SP | Sim |
José Genoíno | SP | Sim |
José Guimarães | CE | Sim |
Luiz Alberto | BA | Sim |
Luiz Couto | PB | Não |
Magela | DF | Não |
Marco Maia | RS | Sim |
Maurício Rands | PE | Sim |
Nelson Pellegrino | BA | Sim |
Odair Cunha | MG | Sim |
Paulo Pimenta | RS | Não |
Paulo Rocha | PA | Sim |
Paulo Teixeira | SP | Sim |
Pedro Eugênio | PE | Sim |
Pedro Wilson | GO | Sim |
Reginaldo Lopes | MG | Sim |
Sérgio Barradas Carneiro | BA | Sim |
Vander Loubet | MS | Não |
Vicentinho | SP | Sim |
Vignatti | SC | Sim |
Virgílio Guimarães | MG | Sim |
Walter Pinheiro | BA | Sim |
Zé Geraldo | PA | Sim |
Zezéu Ribeiro | BA | Sim |
Total PT: 44 | ||
PTB | ||
Alex Canziani | PR | Sim |
Antonio Carlos Chamariz | AL | Sim |
Armando Abílio | PB | Sim |
Ernandes Amorim | RO | Não |
Nelson Marquezelli | SP | Sim |
Paes Landim | PI | Sim |
Paulo Roberto Pereira | RS | Sim |
Pedro Fernandes | MA | Sim |
Roberto Alves | SP | Sim |
Sérgio Moraes | RS | Sim |
Total PTB: 10 | ||
PTC | ||
Carlos Willian | MG | Sim |
Paes de Lira | SP | Não |
Total PTC: 2 | ||
PTdoB | ||
Vinicius Carvalho | RJ | Sim |
Total PTdoB: 1 | ||
PV | ||
Antônio Roberto | MG | Sim |
Ciro Pedrosa | MG | Sim |
Dr. Talmir | SP | Não |
Edson Duarte | BA | Sim |
Fábio Ramalho | MG | Sim |
Fernando Gabeira | RJ | Não |
Henrique Afonso | AC | Não |
Luiz Bassuma | BA | Não |
Marcelo Ortiz | SP | Sim |
Roberto Santiago | SP | Sim |
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quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Eleições 2010.
As eleições 2010 acabaram. Mais de 106 milhões de pessoas foram às urnas neste segundo turno para escolher seus candidatos a governador e presidente para os próximos 4 anos.
Faz parte da política o ato de convencer as pessoas com argumentos (verdadeiros ou falsos) e promessas (vazias ou que podem ser de fato cumpridas) a fim de que as pessoas escolham este ou aquele candidato.
No caso da eleição presidencial neste segundo turno, os argumentos inconsistentes passaram da conta. Uma baixaria total !!
Os marqueteiros de vossa senhoria, senhor José Serra, pegaram pesado com a questão do aborto, espalhando mensagens sem nexo na internet contra a Dilma Rousseff. Eu mesmo recebi de pessoas acéfalas alguns destes e-mails. O mais trágico é que no momento que eu as respondia, pedindo alguma argumentação coerente ou prova, ninguém respondia...
Tentaram tudo que foi possível contra a imagem de Dilma Rousseff. Serra virou uma espécie de santinho, o cara "do bem" como uma das propagandas dele dizia irritantemente. Mas não vou ser injusto, Serra também foi atacado. Sim, por uma bolinha de papel é verdade, mas foi, e isso não pode ser esquecido. #SerraRojas como diria Lula.
Após as eleições, o twitter passou por um dia triste. Você era capaz de ver os Trend Topics coisas como: Norte/Nordeste, Sul/Sudeste, nordestito, força paulista e várias outras babaquices do tipo. A impressão que ficou é que o Brasil foi dividido em dois pedaços: a elite branca separatista do Sul e os esfomeados do bolsa família no Norte.
A campanha do ódio do Serra chegou no cúmulo de dividir o país em dois... parabéns !!
Eu fiz questão de construir a tabela abaixo do segundo turno das eleições presidenciais (dados do UOL) para tirar algumas conclusões baseadas em números incontestáveis (partindo do princípio que não houve irregularidade na apuração dos votos).
* Eu achei estranho a diferença que deu entre estas duas últimas linhas, mas lembrei dos votos no exterior que foram mais de 200 mil. Nos cálculos abaixo só vou considerar os votos dentro do país (Total Estados).
Bom, vamos para algumas considerações sobre os dados da tabela:
1) Dilma venceu no Norte, Nordeste e Sudeste _ engraçado ela ter vencido no Sudeste, e mais, venceu no Rio de Janeiro, Minas Gerais e por 31377 votos, não venceu no Espírito Santo;
2) Serra venceu no Sul e Centro-Oeste;
3) Eu li e ouvi muita gente falando que a Dilma só ganhou por causa do Nordeste. Então pensei, porque não tirar os votos do Nordeste da eleição ? O que será que acontece ? Vejamos:
Serra ficaria com 35.966.076 votos (49,10 %) contra 37.286.010 votos (50,90%) da Dilma.
Pasmem ! Dilma venceria do mesmo jeito com uma diferença de 1.319.934 de votos !!
Minas Gerais terra de Aécio e Itamar, e o Rio de Janeiro terra de FHC fazem parte do Nordeste ?? Não que eu saiba...No Sudeste, Dilma venceu com uma diferença de 1.630.604 votos, mesmo perdendo em São Paulo.
4) Voltando a falar do voto dos pobres, pensei usar um indicador financeiro para mostrar algo. Usei o PIB (2007, o último disponível pelo IBGE). Usei apenas os 10 estados com o maior PIB.
Novamente a Dilma vence, com uma diferença de 5.559.894 votos.
O argumento da pobreza então me faz pensar que é uma bobagem. Aquele mapa (norte vermelho e sul Azul) esconde mais coisas que possamos imaginar, mas que podemos calcular.
5) Ouvi alguns argumentos dizendo que o feriado fez os ricos irem curtir o fim de semana prolongado e se não fosse a alta taxa de abstenção o Serra teria vencido. Bom, quanto a isso eu tenho que concordar, ele teria ganho sim... SE:
O número de abstenções é de 29.061.382 de eleitores.
Vamos imaginar que não houve abstenção na eleição. Todos os mais de 135 milhões de eleitores foram às urnas no segundo turno. Vou mais longe, vou dizer que todos estes eleitores votaram em um dos candidatos, sem anular voto ou votar em branco. Neste caso terei que distribuir estes votos entre os dois.
Se 70% dos eleitores abstensos tivessem votado no Serra e 30% na Dilma, ele teria perdido por uma diferença de 428.388 votos.
Se 71% dos eleitores abstensos tivessem votado no Serra e 29% na Dilma, ele venceria (aí sim) por uma diferença de 152.839 votos.
Somando os votos válidos com as abstensões atribuídas para cada candidato, e dividindo pelo total de votos (válidos mais abstensões totais), Serra venceria por uma diferença de 0,11%.
Alguém realmente, em sã consciência, acredita que mais de 70% dos abstensos teriam votado no Serra ?
Finalizando
Apesar de parecer um petista, como um amigo insiste em me chamar, prefiro um debate sadio com argumentos coerentes e com provas se possíveis. Se alguém está errado, não importa de que lado seja, esse alguém deve pagar por isso. Mesmo aqueles mensaleiros que eram do PT.
Qualquer seja o desgraçado que desviar um único centavo dos meus impostos, merece meu desprezo.
Falando da eleição, a vitória da Dilma é algo de fato para ser valorizado. Ela ganhou nos estados ricos, e nos pobres. De fato ela é a continuidade do governo Lula, e espero que ela mostre que não precisa dele para governar, que ela tem força e influência para fazê-lo.
Sobre o separatismo da elite branca do Sul, é absurdo afirmar que o Nordeste todo trocou seu voto pelo miolo do pão. É de um racismo descabido. O Brasil é um país só. Sim, temos estados pobres demais e temos os ricos. Temos problemas em todo o país. Viver em São Paulo pode ser garantia de emprego e facilidade de acesso a tecnologia, mas não é garantia de boa segurança e educação. É o maior PIB, mas também os impostos são mais altos, o custo de vida é alto.
Bom, agora que as eleições acabaram, faça também sua parte. Lembra em quem votou ? Espero que sim.
Consulte seu candidato em seu estado aqui, aqui ou aqui veja se foi eleito, se sim, comece a cobrá-lo para não vir chorar as pitangas depois.
[]s.
deste blogueiro.
Faz parte da política o ato de convencer as pessoas com argumentos (verdadeiros ou falsos) e promessas (vazias ou que podem ser de fato cumpridas) a fim de que as pessoas escolham este ou aquele candidato.
No caso da eleição presidencial neste segundo turno, os argumentos inconsistentes passaram da conta. Uma baixaria total !!
Os marqueteiros de vossa senhoria, senhor José Serra, pegaram pesado com a questão do aborto, espalhando mensagens sem nexo na internet contra a Dilma Rousseff. Eu mesmo recebi de pessoas acéfalas alguns destes e-mails. O mais trágico é que no momento que eu as respondia, pedindo alguma argumentação coerente ou prova, ninguém respondia...
Tentaram tudo que foi possível contra a imagem de Dilma Rousseff. Serra virou uma espécie de santinho, o cara "do bem" como uma das propagandas dele dizia irritantemente. Mas não vou ser injusto, Serra também foi atacado. Sim, por uma bolinha de papel é verdade, mas foi, e isso não pode ser esquecido. #SerraRojas como diria Lula.
Após as eleições, o twitter passou por um dia triste. Você era capaz de ver os Trend Topics coisas como: Norte/Nordeste, Sul/Sudeste, nordestito, força paulista e várias outras babaquices do tipo. A impressão que ficou é que o Brasil foi dividido em dois pedaços: a elite branca separatista do Sul e os esfomeados do bolsa família no Norte.
A campanha do ódio do Serra chegou no cúmulo de dividir o país em dois... parabéns !!
Eu fiz questão de construir a tabela abaixo do segundo turno das eleições presidenciais (dados do UOL) para tirar algumas conclusões baseadas em números incontestáveis (partindo do princípio que não houve irregularidade na apuração dos votos).
Região/Estado | Serra (Qtde / %) | Dilma R. (Qtde / %) | Válidos | Nulos | Abstenções | Brancos | Total | |||
Acre | 222766 | 69,67 | 96969 | 30,33 | 319735 | 12585 | 134317 | 3563 | 470300 | |
Amapá | 118360 | 37,34 | 198644 | 62,66 | 317004 | 17106 | 81796 | 4443 | 420449 | |
Amazonas | 275333 | 19,43 | 1141607 | 80,57 | 1416940 | 37204 | 543726 | 30369 | 2028339 | |
Pará | 1576154 | 46,80 | 1791443 | 53,20 | 3367597 | 79571 | 1275991 | 40412 | 4763671 | |
Rondônia | 385735 | 52,63 | 347138 | 47,37 | 732873 | 56082 | 276450 | 12997 | 1078502 | |
Roraima | 141896 | 66,56 | 71280 | 33,44 | 213176 | 5996 | 49924 | 2507 | 271703 | |
Tocantins | 273306 | 41,12 | 391279 | 58,88 | 664585 | 22523 | 251365 | 9455 | 948028 | |
NORTE | 2993550 | 42,57 | 4038360 | 57,43 | 7031910 | 231067 | 2613569 | 103746 | 9980992 | |
Goiás | 1490368 | 50,75 | 1446178 | 49,25 | 2936546 | 159963 | 900924 | 61595 | 4059128 | |
Distrito Federal | 633299 | 47,19 | 708674 | 52,81 | 1341973 | 92195 | 354146 | 45821 | 1834235 | |
Mato Grosso | 762905 | 51,11 | 729747 | 48,89 | 1492652 | 35725 | 545646 | 20082 | 2094205 | |
Mato Grosso do Sul | 682305 | 55,13 | 555283 | 44,87 | 1237588 | 33765 | 410546 | 19080 | 1701079 | |
CENTRO-OESTE | 3568877 | 50,92 | 3439882 | 49,08 | 7008759 | 321648 | 2211262 | 146578 | 9688647 | |
Alagoas | 637368 | 46,37 | 737236 | 53,63 | 1374604 | 89922 | 536872 | 32120 | 2033618 | |
Bahia | 1948584 | 29,15 | 4737079 | 70,85 | 6685663 | 342716 | 2369486 | 146826 | 9544791 | |
Ceará | 962729 | 22,65 | 3288570 | 77,35 | 4251299 | 177247 | 1358604 | 91042 | 5878292 | |
Maranhão | 606449 | 20,91 | 2294146 | 79,09 | 2900595 | 103364 | 1275532 | 41114 | 4320705 | |
Paraíba | 767919 | 38,45 | 1229391 | 61,55 | 1997310 | 166383 | 521249 | 53447 | 2738489 | |
Pernambuco | 1113235 | 24,35 | 3457953 | 75,65 | 4571188 | 177561 | 1373943 | 133692 | 6256484 | |
Piauí | 477092 | 30,02 | 1112380 | 69,98 | 1589472 | 128569 | 517245 | 26645 | 2262031 | |
Rio Grande do Norte | 665726 | 40,46 | 979772 | 59,54 | 1645498 | 75128 | 483909 | 40639 | 2245274 | |
Sergipe | 493280 | 46,44 | 568862 | 53,56 | 1062142 | 44462 | 294968 | 23787 | 1425459 | |
NORDESTE | 7672382 | 29,42 | 18405389 | 70,58 | 26077771 | 1305352 | 8731808 | 589312 | 36705143 | |
Espiríto Santo | 955423 | 50,83 | 924046 | 49,17 | 1879469 | 62285 | 527745 | 52573 | 2522172 | |
Minas Gerais | 4422294 | 41,55 | 6220125 | 58,45 | 10642419 | 529422 | 3045244 | 297028 | 14514213 | |
Rio de Janeiro | 3223891 | 39,52 | 4934077 | 60,48 | 8157968 | 676712 | 2436258 | 313497 | 11584535 | |
São Paulo | 12308483 | 54,05 | 10462447 | 45,95 | 22770930 | 1099361 | 5801614 | 618538 | 30290543 | |
SUDESTE | 20910091 | 48,12 | 22540695 | 51,88 | 43450786 | 2367780 | 11810861 | 1281636 | 58911463 | |
Paraná | 3226216 | 55,44 | 2593086 | 44,56 | 5819302 | 174761 | 1491451 | 112620 | 7598234 | |
Rio Grande do Sul | 3237207 | 50,94 | 3117761 | 49,06 | 6354968 | 168223 | 1436185 | 148409 | 8107885 | |
Santa Catarina | 2030135 | 56,61 | 1556226 | 43,39 | 3586361 | 116970 | 766246 | 67252 | 4536929 | |
SUL | 8493558 | 53,89 | 7267073 | 46,11 | 15760631 | 459954 | 3693882 | 328281 | 20243048 | |
Total Estados | 43638458 | 43,93 | 55691399 | 56,07 | 99329857 | 4685801 | 29061382 | 2449553 | 135529293 | |
Total Geral | 43711388 | 43,95 | 55752529 | 56,05 | 99463917 | 4689428 | 29197152 | 2452597 | 135804433 | |
* Eu achei estranho a diferença que deu entre estas duas últimas linhas, mas lembrei dos votos no exterior que foram mais de 200 mil. Nos cálculos abaixo só vou considerar os votos dentro do país (Total Estados).
Bom, vamos para algumas considerações sobre os dados da tabela:
1) Dilma venceu no Norte, Nordeste e Sudeste _ engraçado ela ter vencido no Sudeste, e mais, venceu no Rio de Janeiro, Minas Gerais e por 31377 votos, não venceu no Espírito Santo;
2) Serra venceu no Sul e Centro-Oeste;
3) Eu li e ouvi muita gente falando que a Dilma só ganhou por causa do Nordeste. Então pensei, porque não tirar os votos do Nordeste da eleição ? O que será que acontece ? Vejamos:
Serra ficaria com 35.966.076 votos (49,10 %) contra 37.286.010 votos (50,90%) da Dilma.
Pasmem ! Dilma venceria do mesmo jeito com uma diferença de 1.319.934 de votos !!
Minas Gerais terra de Aécio e Itamar, e o Rio de Janeiro terra de FHC fazem parte do Nordeste ?? Não que eu saiba...No Sudeste, Dilma venceu com uma diferença de 1.630.604 votos, mesmo perdendo em São Paulo.
4) Voltando a falar do voto dos pobres, pensei usar um indicador financeiro para mostrar algo. Usei o PIB (2007, o último disponível pelo IBGE). Usei apenas os 10 estados com o maior PIB.
Estado | PIB | Serra | Dilma | Válidos | ||
São Paulo | 1 | 12308483 | 54,05 | 10462447 | 45,95 | 22770930 |
Rio de Janeiro | 2 | 3223891 | 39,52 | 4934077 | 60,48 | 8157968 |
Minas Gerais | 3 | 4422294 | 41,55 | 6220125 | 58,45 | 10642419 |
Rio Grande do Sul | 4 | 3237207 | 50,94 | 3117761 | 49,06 | 6354968 |
Paraná | 5 | 3226216 | 55,44 | 2593086 | 44,56 | 5819302 |
Bahia | 6 | 1948584 | 29,15 | 4737079 | 70,85 | 6685663 |
Santa Catarina | 7 | 2030135 | 56,61 | 1556226 | 43,39 | 3586361 |
Distrito Federal | 8 | 633299 | 47,19 | 708674 | 52,81 | 1341973 |
Goiás | 9 | 1490368 | 50,75 | 1446178 | 49,25 | 2936546 |
Pernambuco | 10 | 1113235 | 24,35 | 3457953 | 75,65 | 4571188 |
Total | 33633712 | 46,16 | 39233606 | 53,84 | 72867318 |
Novamente a Dilma vence, com uma diferença de 5.559.894 votos.
O argumento da pobreza então me faz pensar que é uma bobagem. Aquele mapa (norte vermelho e sul Azul) esconde mais coisas que possamos imaginar, mas que podemos calcular.
5) Ouvi alguns argumentos dizendo que o feriado fez os ricos irem curtir o fim de semana prolongado e se não fosse a alta taxa de abstenção o Serra teria vencido. Bom, quanto a isso eu tenho que concordar, ele teria ganho sim... SE:
O número de abstenções é de 29.061.382 de eleitores.
Vamos imaginar que não houve abstenção na eleição. Todos os mais de 135 milhões de eleitores foram às urnas no segundo turno. Vou mais longe, vou dizer que todos estes eleitores votaram em um dos candidatos, sem anular voto ou votar em branco. Neste caso terei que distribuir estes votos entre os dois.
Se 70% dos eleitores abstensos tivessem votado no Serra e 30% na Dilma, ele teria perdido por uma diferença de 428.388 votos.
Se 71% dos eleitores abstensos tivessem votado no Serra e 29% na Dilma, ele venceria (aí sim) por uma diferença de 152.839 votos.
Somando os votos válidos com as abstensões atribuídas para cada candidato, e dividindo pelo total de votos (válidos mais abstensões totais), Serra venceria por uma diferença de 0,11%.
Alguém realmente, em sã consciência, acredita que mais de 70% dos abstensos teriam votado no Serra ?
Finalizando
Apesar de parecer um petista, como um amigo insiste em me chamar, prefiro um debate sadio com argumentos coerentes e com provas se possíveis. Se alguém está errado, não importa de que lado seja, esse alguém deve pagar por isso. Mesmo aqueles mensaleiros que eram do PT.
Qualquer seja o desgraçado que desviar um único centavo dos meus impostos, merece meu desprezo.
Falando da eleição, a vitória da Dilma é algo de fato para ser valorizado. Ela ganhou nos estados ricos, e nos pobres. De fato ela é a continuidade do governo Lula, e espero que ela mostre que não precisa dele para governar, que ela tem força e influência para fazê-lo.
Sobre o separatismo da elite branca do Sul, é absurdo afirmar que o Nordeste todo trocou seu voto pelo miolo do pão. É de um racismo descabido. O Brasil é um país só. Sim, temos estados pobres demais e temos os ricos. Temos problemas em todo o país. Viver em São Paulo pode ser garantia de emprego e facilidade de acesso a tecnologia, mas não é garantia de boa segurança e educação. É o maior PIB, mas também os impostos são mais altos, o custo de vida é alto.
Bom, agora que as eleições acabaram, faça também sua parte. Lembra em quem votou ? Espero que sim.
Consulte seu candidato em seu estado aqui, aqui ou aqui veja se foi eleito, se sim, comece a cobrá-lo para não vir chorar as pitangas depois.
[]s.
deste blogueiro.
Postado por
Ricardo Filho
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01:46
1 comentários
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