sexta-feira, 26 de março de 2010
Crônica atemporal
Isto aqui eu escrevi no dia 07 de abril de 2009, um dia após meu aniversário do ano passado. É um texto meio que sem sentido, mas quanto a isso ja estou acostumado huahuhauhah
Nesta bela tarde quente de sexta-feira sento aqui para tecer algumas linhas de coisas paliativamente inúteis para existência _ não sei o que significa a palavra, p-a-l-i-a-t-i-v-a-m-e-n-t-e , porém por intuição acho que ela cabe nessa frase, logo darei uma olhadela no dicionário e aquietar minha vil curiosidade.
Estou fazendo agora algo que é meu sonho. Algo que de fato dá valor aos meus culhões.
Escrever !
Sim !
Nada é mais satisfatório do que pegar uma folha em branco e dar vida a ela. Com palavras, figuras... excetuando quem não sabe ler, tem gente que só usa folha para se limpar, um simples reflexo do que sai do cérebro diariamente, mas isso é outro assunto. Vim aqui hoje para tratar de questões mais complexas, vim aqui filosofar.
Se alguém me perguntar como me vejo daqui a cinqüenta anos _ o windows colocou aquele trema ali, me perdoe Lula, sei que assinastes um acordo muito importante que faz com que eu escreva semi-reta assim: semirreta; entre palavras que perderão sua identidade, sonoridade na grafia... mas é o sinal dos novos tempos. A língua mudou, ninguém disse que iria melhorar.
Peço desculpa ter fugido do assunto na qual eu me propus a tratar... daqui a cinqüenta anos queria me ver assim, digitando uma coluna, numa revista lida por mais de duas pessoas, e que dessas duas , uma pelo menos gostasse da coluna que eu escrevo. Me mandasse um e-mail me elogiando e também me corrigindo, porque jibóia se escreve com ‘jota’ e eu editei com ‘gê’. Eu com um sorriso feliz e franco no rosto velho, minha esposa do meu lado feliz com minha felicidade e sem entender porque eu não desisto dessa vida de escritor de colunas, ou colunista como queiram.
Voltando ao tempo presente, digo que escrever e respirar são coisas essenciais para meu ser. O problema é que se eu não escrevo, eu continuo vivo. Então eu posso parar. Se eu quiser eu paro agora.
Mas sou um pouco teimoso e quando algo “desce” e me possui, e eu começo a metralhar este teclado, mente vai girando, fazendo um arrastão de idéias e de repente me deparo com esta análise metafísica de mim mesmo. Sem contar as constantes correções que provoco durante o trabalho, vírgulas mal-posicionadas, hífens esquecidos de propósito pelo texto, aspas para dizer que os políticos que eu conheço são “honestos”, termos em latim só para dizer que sou 0,5% mais inteligente que você, pontos finais para começarem frases e não o contrário. No fim o que vejo é também uma obra de arte. E por isso, somente por isso eu escrevo... é minha forma de fazer arte.
Manipular cada elemento para poder dizer aquilo que eu quero, para que entendam aquilo que vocês acham que eu quis dizer. Ver alguém diante de uma composição minha pensando, seria como alguém admirando um quadro de Portinari, “nossa, que ele quis dizer com isso?” Tem algo mais genial? Adoraria mesmo uma criança admirando “mãe que desenho feio, quero brincar”.
Crianças não são presidentes dos Estados Unidos por causa disso, não têm sensibilidade para admirar uma pintura ou entender poesias de tempo de faculdade. Não sabem como analisar um gráfico de barras sobre a economia. Porque os impostos sobem e os médicos dos hospitais somem. Mas isso é azar porque nem eu sei, olha que me esforço para entender!
Confesso que meu texto continua pobre, perdi minha virilidade de quando tinha 18 anos. Costumava ter a língua mais ferina, tinha meu alvos fugazes _ outra palavra que não sei o que significa, f-u-g-a-z-e-s _ pessoas e instituições que atacava sem dó nem piedade. Mas estas ficaram velhas como eu, antes corria atrás porque elas corriam rápido, hoje paramos num buteco depois de uma breve caminhada e lembramos com nostalgia, “lembra o tempo que você era capa da policial toda semana ?”
Agora amigos na dor do esquecimento.
Pintamos nossas caras, fomos às ruas, derrubamos o presidente. E derrubamos todos que invadiram nosso caminho. Anos depois tivemos nossos filhos, e os ensinaram nas escolas que quem derrubou o presidente foi a classe rica, olha que mentira absurda! Quase me senti usado, mas tenho meu orgulho, morrerei com a certeza que derrubei-o com seu plano e tudo!
É sexta feira quente de outubro, novembro chegando, mais um ano indo e outro chegando...
p.s. a imagem lá emcima é meremente ilustrativa, num tem nada a ver com que eu escrevi aahahuhauhua kissecallme
Postado por
Ricardo Filho
às
00:45
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