terça-feira, 23 de março de 2010

I'm back (again and again...)

Eu postei isso em 13 de maio de 2008 neste mesmo blog. É o poema ao desejo, eu deveria deixá-lo melhor, mas o manterei intacto. Não estou com inspiração para escrever coisas profundas.


Poema ao desejo

Amamos o desejo e não o desejado.
Amamos o cafuné, não as curvas das mãos
Amamos o calor do abraço, não a grossura dos braços
Amamos o beijo, não o tamanho dos lábios
Amamos o olhar sincero, não a cor dos olhos
Amamos o perfume, não as flores
Amamos a felicidade não a vida.

Temos sempre mais sede
Temos sempre mais fome

Somos insaciáveis
Somos incansáveis
Somos insolúveis

Subimos,
Andamos,
Voamos,
Escalamos,
Arrastamos,
Corremos
...
Sempre a frente, sempre para o alto

Caímos para levantar,
Choramos paras as lágrimas secar,
Sofremos para aprender,
Morremos por viver.

'Aqui tem amor',
alguém abriu a janela e o vento levou
'Deus não quer soprar para dentro desta casa de volta ?'
Ouvi dizer que só pegarei quando dominar a natureza
Mas a natureza me domina
Sua falta me alucina
Sofro por que te desejo,
se não te desejo não sofro
mas se não te desejar morro
não quero morrer
mas também não quero sofrer
'precisa escolher um caminho
quiçá o que tenha menos espinho'
mas mesmo as rosas me machucam
que me dirá as pedras pontudas
... 'elas estão ai, sempre estiveram e sempre estarão'
mas não sentia dor
'sim foi ele, foi o amor'
não vejo cortes nem feridas,
foi tudo em vão,
cheguei longe, e ainda parado no mesmo lugar
'olhe melhor'
...
lembro-me de cada segundo,
quando só havia eu-ela no mundo
mas agora um vazio presente se fez
'não há vazio, não há união
há o vento, e , apenas o vento
ele vem, leva tudo embora'
faz sentido ?
'encontre um amor que faça sentido
e o enterre-o'
mas apodrecerá
'sim... tudo apodrece,
daí vem o vento e renova
leva embora'
e eu busco de novo!

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